terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Núcleo de Arte, Maputo

Segundo pude entender há bastantes lugares interessantes para sair a tomar um copo e ouvir música, dançar e pôr a conversa em dia com os amigos, o problema é que não são constantes. Se um bar oferece uma boa Quinta-feira numa semana, não significa que na próxima Quinta-feira a proeza se repita. Por isso, as pessoas vão de um sítio ao outro à procura da melhor “balada”.

Uma das grandes excepções é o Núcleo de Arte, na Rua da Argélia, bairro da Polana. Geralmente aos Domingos está à pinha e oferece música ao vivo. Os que chegam primeiro não têm de pagar entrada mas a partir de uma certa hora (ou lotação) cobram 100Mt sem direito a bebida.

Construido ora com cimento, ora com canas, ora com chapas, o Núcleo é, além de um bar e de uma sala de espectáculos, o atelier e montra de artistas plásticos moçambicanos. Nas traseiras do bar estão as oficinas onde os artistas costumam trabalhar. Nas mesmas instalações expôem as suas obras de arte, informam e negoceiam com potenciais clientes, que somos todos os que os visitamos. Igualmente podemos visitá-los sem que para isso seja necessário comprar. Eles estão lá a pintar, a falar, a fumar coisas que fazem rir, a distribuir simpatia e a trocar ideias. Tive oportunidade de falar com um desses artistas. Falámos de polémica na pintura, do Museu do Prado e de como ele gostava de poder visitar os grandes museus do mundo.

No passado Domingo fomos com o Pedro, um moçambicano que o David conheceu em Madrid e o Sebastian, um suiçobrasileiro com namorada russa, de St.Gallen (cidade perto da qual eu passei os primeiros anos da minha vida) tomar um copo e curtir o som do “Chico António”, conceituado artista moçambicano. Com um par de cervejas começamos a divagar sobre política, Moçambique e formas de compôr o mundo.

Gostei muito de conhecer o Núcleo e adorei a filosofia do espaço. Uma ideia exportável.




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