terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Era uma vez um consulado português...







Está a decorrer até ao dia 1 de Fevereiro um concurso para 2 Assistentes Admnistrartivos para a Embaixada aqui do burgo. Ora, como eu ando sempre à procura de mais e melhores oportunidades,  assim que vi o anuncio publicado comecei de imediato a preparar a minha candidatura.
Entre outros documentos e exigências pedem o Certificado de Registo Criminal. Descobri, posteriormente, que o documento tem de ser autênticado pelas autoridades portuguesas mesmo quando o candidadto não vive há vários anos em Portugal. Como é o meu caso dirigi-me ao Consulado para tratar de toda a documentação necessária para me apresentar no concurso.

“Estranheza” nº1: para efectuar a inscrição consular é necessário pagar 10€. Nem no consulado em Belgrado, nem no consulado em Madrid me pediram qualque montante para poder constar na base de dados do meu país. Perguntei, pois, o motivo pelo qual cobram e disseram-me que era porque ao efectuar a inscrição me dariam uma espécie de “Cartão de Identidade Consular”. Ah, e os 10€ deveriam ser mesmo pagos em EUROS, não em Meticais.

Ok, ok,ok, sim senhora, os seus desejos são ordens.

Paguei os 10€ e deram-me, “em troca”, um cartão de cartolina escrito à mão, com data de validade de 5 anos.Tamanha solemnidade faz com que até tenha medo de o levar para a rua não vá o diabo tecê-las...

Perguntei como, quando e quanto demora fazer o Certificado de Registo Criminal e expliquei que era para o concurso que eles próprios estão a promover. A resposta foi um familiar “ahhh, uhhhhmmm, pois, o Certificado demora cerca de 2 ou 3 meses, pois uhhhmmm,, nem sequer podemos garantir com exactidão quanto tempo vai demorar...”
Mas como os portugueses têm solução para tudo rápidamente resolveram o meu dilema “ a senhora faz assim, manda (só faltava dizerem amanda) uma declaração de poderes aos seus pais e eles vão a uma loja do cidadão e logo ali na hora entregam-lhes o certificado. Depois é facil. Eles mandam com DHL e em 2 ou 3 dias está cá”. Para que a conversa não fosse ainda mais constrangedora quis poupar os meus patrícios e não lhes disse que o meu pai já morreu e que a minha mãe não é rica para poder contratar os serviços da DHL e que no sítio onde ela mora não há Loja do Cidadão nem nada que se pareça.

Foi então quando a coisa se começou a complicar porque eu tentei explicar-lhes com toda a educação e mais alguma que p-r-e-c-i-s-o do Certificado até ao dia 1 de Fevereiro. Contei-lhes que tenho um bom e recente certificado emitido em Espanha. Disseram-me que tentasse falar com o responsável pelo concurso. Expliquei-lhes que lhe escrevi e não me respondeu, que fui directamente à Embaixada e disseram-me que a Drª Não-sei-quê estava fora e não sabiam quando iam voltar.
Chamaram ainda mais colegas para resolver o dilema (já éramos 4 debruçados sobre o assunto) e, por fim, com o rabo apertado, chegou a resposta que resolveu toda a situação “mas olhe isso nem é conosco. Esse concurso é para a embaixada e isto aqui é o consulado. O melhor é insistir com eles lá na embaixada....”

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

E eu que gosto tanto de ser portuguesa, a sério que gosto, mas o portuguesismo institucional deprime-me. Quando me deparo com estas situações há uns versos de um fado que não deixam de ecoar na minha cabeça:

“ É uma casa portuguesa, concerteza, é concerteza uma casa portuguesa...”



As crianças são o melhor do mundo...

E os meus sobrinhos são as crianças mais apetecíveis. Fazem-me chorar a rir mesmo quando não estão aqui. Os desenhos deles enchem-me de ternura porque são muito realistas. Lindas e maravilhosas miniaturas de gente. 






Liberdade 

 Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

Insólito Maputo #3


E eu passo por onde?

nem o Sol se arrisca a entrar



Éramos pelo menos 33

Tunning cá do sítio I

Tunning cá do sítio II


Há outros insólitos que não podem ser fotografados. Como não quero arriscar problemas com as autoridades respeito a proibição, porém não posso deixar de contar o que vejo.
Como já terão visto nas fotos que vou postando as ruas estão muito destruídas. Não há um único passeio em toda a cidade que não tenha buracos e lixo. Assim não é de estranhar que:
- No Ministério da Energia o elevador não funcione!
- O passeio em frente ao Ministério das Obras Públicas esteja todo destruído, cheio de areia e lixo!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Açorda ou Sopas de Ajo


Se no dia a dia a comida domingueira cai que nem ginjas, no “exílio” sabe a glória. Por isso percorri meio Maputo à procura de uma pastelaria afamada pelo bom pão alentejano: a Gulodice, na Baixa. Sábado pus mãos à obra e tentei cozinhar Sopas de Ajo, que são o mesmo que Açorda mas com mais líquido e sem salsa.
A origem de ambas remonta aos tempos da pobreza quando os trabalhadores não tinham nada que comer. Utilizando alguns dos ingredientes chave da dieta mediterrânica, o pão, o azeite e o alho, cozinhavam pratos outrora pobres e que hoje adquiriram estatuto de “manjar dos deuses”.

Sem querer coloquei pouca água e em vez da sopa dos nuestros hermanos saíu uma Açorda alentejana. São incontáveis as vezes que a minha avó- testemunha desses tempos de pobreza e necessidade extrema-  me cozinhou Açorda.



Brindámos a um querido amigo desaparecido (desculpa, eu sei que terias preferido cerveja mas só tinhamos coca-cola) e desfrutámos da nossa homenagem às pátrias ibéricas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Fernando, le taxi


(Este texto foi escrito sem fins publicitários. Acredito mesmo que o protagonista nem sonha que lhe dedico estas palavras)

Viram o filme taxi-drive? Ouviram a musica da Vanessa Paradis “Joe, le taxi”? Driving Miss Daisy?

A história que vos vou contar não tem um cariz tão afectivo e intimista entre os personagens principais mas vale a pena partilhar convosco porque é real e vivida na 1ª pessoa.

Na Azambuja aquilo que poderia ser uma simples viagem de taxi, com musica banal de fundo e conversa de ocasião é, para mim, um deleite, sempre que o taxista seja o Dr. Fernando. Pela minha teimosia em não querer tirar a carta de condução viajei com ele um sem fim de vezes e é sempre uma experiência para contar aos demais “no sítio onde vive a minha mãe há um taxista que é diferente...juro”.

O Sr. Fernando não é baixinho, nem pequenino, pelo contrário. Usa uma longa cabeleira grisalha e está-se a borrificar para o lucro por isso cobra sempre o mesmo. Tem uma bonita opinião formada sobre os mais variados assuntos que vão além da política, do futebol e da metereologia. Pratica a tolerância e fala de boas- energias e de ser bom com a mesma facilidade empírica com que outros taxistas falam do Benfica.

A ultima viagem de taxi que fiz na Azambuja foi com ele, em finais de Novembro de 2012. Eu ia para Espanha para depois vir para Moçambique. Contei-lhe e ele ficou genuínamente feliz. Falámos de literatura Palop- ele nasceu em Angola- e divagámos um bocadinho sobre África. O taxi dele está cada vez mais apetecível porque além da conversa agradável reparei que está cheio de livros.

Contou-me o Sr.Fernando que por agora deixou de pintar. Segundo ele, perdeu as boas vibrações. Não sei o que lhe terá acontecido. Jamais me atreveria a perguntar-lhe mas desejo que este homem tão simpático volte a encontrar as boas vibrações que, em tempos, o levaram a criar peças de Arte. Desejo tudo isto com a mesma transparência desinteressada com que ele me disse na despedida “Tu tens luz miúda. Tu vais conseguir”.

Já sabem, se alguma vez passarem pela Azambuja não se esqueçam de entrar no taxi do Sr. Fernando.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Museu de História Natural, Maputo



No Bairro do Museu está o Museu de História Natural de Maputo com uma arquitectura muito bonita e murais pintados pelo artista moçambicano Malangatana.

Fachada do Museu
O edificio recorda ora a Estação CP do Rossio, ora o Mosteiro dos Jerónimos. Inspirado no estilo manuelino foi construído em 1911 (sujeito a confirmação) para ser utilizado como escola primária. Nunca funcinou como tal e, em 1933, passou a ser ocupado pelo Museu Dr. Álvaro de Castro , actual Museu de História Natural.


Os jardins com frondosas árvores, estátuas de animais há muito extinguidos estão embelezados pelo silêncio e frescura que os rodeia e pela arte de Malangatana.

Jardim com mural de Malangatana


Gliptodonte no Jardim
 O interior desilude pela degradação dos “animais” expostos. Mesmo assim ficamos com uma ideia de como é a vida na savana africana e os diferentes animais que a habitam, quem come quem etc... De salientar as fotografias expostas na “savana” de artistas que souberam fotografar a Natureza em Moçambique.



O mais curioso na exposição do mundo animal é colecção de fetos de elefante, que apresenta a gestação do mamífero desde o 1º mês até ao 22º mês. O museu afirma que é uma coleção unica no mundo.



Pude conhecer o nome científico dos animais que me fazem suar de stress: Reptilia squamata sauria.



Incompreensivelmente há uma secção de Etnologia. Não vejo a ligação entre História Natural e Etnologia mas gostei de ver retratados alguns costumes religiosos, militares, gastronómicos, artístico de povos indígenas moçambicanos assim como a maior colecção de almofadas de madeira existente no país. Sem dúvida a parte mais interessante do Museu. 

Colecçao de almofadas de madeira

Deixa muito a desejar o estado de degradação a que os objectos etnológicos estão vetados, bem como algumas paredes e tectos das salas de exposição. Não haverá fundos para conservar o espólio do Museu? Mas se há dinheiro público para tantas outras coisas que não são de usufruto comunitário....



Bom, mudando de assunto, contou-me um dos hospedeiros que o museu recebe mais visitas às Terças-feiras, com a chegada dos cruzeiros de África do Sul, e aos Sábados quando os moçambicanos levam os petizes a visitarem os bichos.



A entrada são 50MT e os menores de 12 anos não pagam. A visita dura no máximo 2 horas. O Museu conta ainda com uma cafetaria e uma loja. Na loja vi pela 1ªvez à venda postais ilustrados de Moçambique.





 Etnologia

sábado, 12 de janeiro de 2013

A força da expressão em Moçambique



Em Moçambique quando perguntamos na rua onde fica tal sítio existe uma diferença bastante considerável entre estas duas respostas:

-"fica lá" acompanhado de um ligeiro movimento da mão na direção indicada...

ou

-"fica LÁ" acompanhado de um movimento um bocadinho mais energético com a mão na direção indicada

O segredo está em ou acompanhar o movimento da mão ou pôr o ouvido alerta e tentar perceber a profundidade do "ÀÀÀÀ" do "LÁ". Quanto mais prolongado for ou quando mais energético for o movimento da mão mais longe está o nosso destino.

E é assim o nosso melhor GPS...

Serviços de Migrações = Odisseia Homérica: Parte II

Bom, confesso que exagerei. No fim das contas não foi assim tão complicado.

Depois de reunida a papelada e o dinheiro fomos ao Serviços de Migração, verificaram novamente os documentos, esperámos na fila da tesouraria uma data de tempo enquanto o funcionário contava o dinheiro longe da nossa vista (atitude inteligente...). Depois esperámos outro bocadinho para entrar noutra sala, fotos, revisão de dados pessoais e tcharan...DIRE conseguido.


Perguntei à funcionária se podia realmente levantar o documento dentro de 15 dias tal como indicava o recibo. Disse que não, claro. Pediu que fosse 1 semana depois da data prevista...


Resumindo, a documentação necessária para o DIRE é a seguinte:


- Fotocópia do Passaporte;

- Certificado de Antecedentes Penais validado pelos Ministérios da Justiça e Negócios Estrangeiros de Espanha (ou Portugal ou país de origem);

- Certificado da empresa para a qual se trabalha;

- Preenchimento de um formulário facilitado pelo Serviço de Migrações;

- e muito dinheiro (14400Mt. para CPLP e 19200Mt. para outros cidadãos estrangeiros sem vínculos à Diplomacia moçambicana).


Boa sorte. Vão precisar!

"Andar fora é maningue* arriscado"



Adoro a campanha do Governo que visa sensibilizar os homens para a prática saudável da monogamia:



"Andar fora é maningue* arriscado"




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Relato de uma experiência fantàstica na Casa Madre Maria Clara

Vista geral do Pátio


Depois de vários dias de ausência voltei para contar as ultimas novidades.
Por fim, comecei a trabalhar. Não exactamente como seria desejável mas tive uma pequena-grande ocupação nas ultimas 2 semanas: preparar umas adolescentes do 10º ano para os exames específicos que lhes permitem acesso à escola que elas querem frequentar.
Fomos, portanto, chamados de "urgência" à Casa Madre Maria Clara, um orfanato-internato gerido por umas irmãs carmelitas que são a simpatia em pessoa. Ao David foi-lhe incubida a dura tarefa de dar aulas de Matemática e a mim de Português e Inglês.
Na sala de aula fazia um calor de morrer apesar de todas as janelas estarem abertas. Às 9h00 começava o David com os números e depois era a minha vez de seguir a sós com a Joana ao mesmo tempo que dava um olhinho às outras 3 raparigas para certificar-me de que estavam a estudar Biologia e não a contar carneiros. Ao principio foi dificil criar empatia com elas já que ora por cultura, ora por carácter são tímidas. Quando falavam conosco viravam a cara para o lado etc...À medida que fomos criando laços com elas percebemos que o nível de conhecimentos era muito básico. Não sabiam distinguir entre números negativos e positivos, não sabiam conjugar o verbo ser nem em Português, nem em Inglês etc...É um bocadinho desesperante querer explicar-lhes matérias que lhes faziam falta para o exame mas ter de recuar uns quantos (muitos) passos atrás em tão pouco tempo. Senti uma pena muito grande e, sobretudo, solidariedade. Queria  ter ficado um mês inteiro a dar-lhes aulas sobre os mais variados temas. Por exemplo, gostava que percebessem a importância de saber expressar-se, da leitura, de saber fazer redações etc...Gostava também de lhes ter ensinado coisas sobre Moçambique: escritores, artistas plásticos e toda essa gente que faz de Moçambique um país especial. Gostava de lhes ter dado oportunidade para que me contassem o que sabem da cultura delas: a capulana, a marrabenta, a geografia nacional etc....

David a dar aulas
Não as culpo a elas. Desde o dia em que cheguei a Moçambique percebi que as pessoas estão totalmente abandonadas pelo Estado. O sistema está para os ricos. Os outros (que são a maioria) que se desenrasquem. Espero não ter de recorrer nunca aos hospitais. Quanto ao Ensino já tinha sido alertada para o facto de o nível de conhecimento e exigência ser muito baixo. Também não me surpreende. Estatísticamente Moçambique tem que demonstrar que está a preparar cidadãos para o futuro prometedor em termos de crescimento económico, por isso os professores são obrigados a aprovar 80% dos alunos em classe. Caso não o façam têm de enviar relatórios ao Ministério da Educação. Acabam engolidos pela burocracia portanto, a maioria opta por respeitar esses 80%. Assim, muitos alunos vão passando sem saberem nada. E mais tarde, concluída a faculdade, são também eles, professores, médicos, engenheiros etc...e o ciclo vicioso vai-se compondo. Não é de estranhar, pois, que muitos professores saibam muito pouco ou que a entrada num hospital por uma dor de cabeça termine em falecimento. Também não é de estranhar que as coisas se passem assim. Se a população fosse realmente instruída aceitaria a indiferença com que são tratados?

A indiferença está igualmente patente noutros âmbitos sociais. Como se pode prosperar como país quando os cidadãos são obrigados a conviver com tanto lixo nas ruas? E as condições dos transportes públicos? Os cidadãos de Maputo viajam todos os dias em condições insalúbres. 20 pessoas dentro de "chapas" de 9 lugares. Hoje mesmo vi uma mulher que viajava com o rabo fora da janela porque inteira não cabia lá dentro. Onde está o respeito pela dignidade desta gente que sai de casa todos os dias para trabalhar?


Não é, pois, de estranhar, que ao fim de 15 dias de aulas na Casa Maria Clara, as raparigas, que entretanto se tornaram nossas amigas, não estejam muito óptimistas quanto aos resultados dos exame. E nós também não. Não me posso sentir indiferente porque vi talento e vontade de chegar longe mas é como se elas tivessem de carregar o estigma do maldito sistema.

Rainha
Meninas

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo


Por estes dias via algumas lojas com enfeites de Natal, lia no meu FB comentários natalícios e propostas de festas de fim-de-ano e era como se algo estivesse fora do seu lugar. No meu insconsciente soava a pergunta "mas porque é que se fala em Natal no pico de Agosto?".


Aqui estavam mais de 30ºC e nada se asemelhava ao Natal frio com casacos, cachecóis e lareira perto da Árvore de Natal. O gosto do Bacalhau com as couves e o aconchego da companhia da família, as gargalhadas à volta da mesa e o ruído dos miudos ao fundo.



Posso mesmo adiantar, correndo o risco que morram de inveja aqueles que me lêm, que no dia de Natal fui à praia. Estava à pinha e a água estava tão morninha que até fazia suar.

E nessa semana a temperatura foi sempre subindo para, no dia 1 de Janeiro, Maputo ser presenteada com uma chuvada morninha que veio mesmo a calhar.

Praia dos Pescadores no dia de Natal




Foi o primeiro Natal passado longe da família logo carregado de alguma tristeza mas em geral desenrasquei-me bem na cozinha. Ora vejam a nossa ceia luso-espanhola:



Bacalhau à Bràz

Mesa dos doces com detalhe de desenho feito pela Vitória e foto de Lisboa


 FELIZ 2013