sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O outono em Portugal


















O Outono é a minha estação do ano preferida. Recorda-me o início das aulas, as composições, e as aulas de EVT sobre observação do meio natural. Traz-me o conforto da família, da sopa quente e das pantufas de lã.Viver o Outono noutro pais é um privilégio. Aqui também existem arvores a ficarem despidas e também existe um rio: o Rio Vardar. É óptimo passear pelas suas margens, ouvir o curso da água e sentir o Outono a chegar devagarinho. Primeiro é só uma brisa, depois o pescoço frio, um arrepio e finalmente o cachecol.Ao final da tarde, quando o corpo pede, volto para casa. Não tenho a minha espera a família nem as pantufas. É duro! E também não tenho Lisboa e o Tejo com as gaivotas e os cacilheiros. A calçada escorregadia e cheia de buracos inimigos dos tornozelos.O homem das castanhas e aquele fumo absurdo que é sempre bom atravessar. Provavelmente é o único fumo agradável neste mundo. Que inveja de vocês!Não vos peço que matem o Outono em Portugal mas se poderem roubar um bocadinho do seu perfume, metê-lo num frasco e enviar-me para aqui...
(Cliquem no titulo)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estava novamente enganada. Voltei a Txartxia sozinha (precisava comprar 1 pente, 1 espelho, 2 cadernos=70Den) e, finalmente, tentaram enganar-me. Numa banca um homem pediu-me 500Den por um rádio de plástico daqueles do chinês que custara no máximo 100den. Almocei um hambúrguer gigante e uma salada só por 110 Den e depois fui a "Cidade Universitária". O porteiro era diferente de todos os que vi até agora. Imaginem um homem gordo, com cerca de 30 anos, de fato de treino e sapatos pretos, pés em cima da secretária, musica rock aos altos berros e um pau a acompanhar os solos de guitarra. Sublime! Apeteceu-me abraça-lo pela peculiaridade. Foi impossível não pensar no porteiro do Liceu de Queluz. Um homem irascível a quem nos, pelas costas, chamávamos " Vesgo" ou "Coxo" ou simplesmente " parvalhão do ca#@!". Na Faculdade de Letras, (não e o nome real) conheci um anarquista, estudante de Filosofia, chamado Damian. Ajudou-me a encontrar o Departamento de Românicas (vou conhecer a professora de português em Outubro) e disse-me que conhecia Portugal por causa do Boom Festival, em Castelo Branco. Falou muito contra a Globalização e Capitalismo. Quando lhe expliquei que todas as minhas roupas estão preparadas para o clima Mediterrânico e, que por isso, morro de frio ele sugeriu-me imediatamente o "Rammstore Hall",o maior e mais internacional shopping de Skopje. Espero não ferir susceptibilidades mas, na minha opinião, os anarquistas são pessoas que usam o anarquismo como desculpa para não trabalharem e para não tomarem banho. Uma sociedade anárquica e uma sociedade injusta onde impera a lei do mais forte/desenrascado. Numa Democracia podemos expressar-nos, embora na maioria das vezes ninguém no ouça, mas existe uma ordem social. O problema não esta na Democracia mas no uso que fazemos dela: o chico-espertismo. Se todos cumprirmos com a nossa parte a Democracia chega para todos. E desta vez recuso a etiqueta de Utópica, sonhadora e iludida.
Oxalá não tivesse deixado em Portugal o portátil e o cabo da máquina digital. Há tantas coisas interessantes que gostaria de fotografar para vos mostrar

Macedonia n' Roses




Estava enganada! Na mesma noite voltei aquele lado da cidade, Txartxia, para me divertir com novos amigos num Festival da Cerveja. Assistimos a um concerto de uma velha banda rock, os Vlada Divljan( comparavel aos UHF ou Xutos). Conheci um tipo divertido do Partido Comunista. Disse-me que, apesar dos pais estar a ser governado pelo partido de direita, em Skopje (onde reside 40% da população) a maioria das pessoas são de Esquerda portanto os Comunistas não se sentem perseguidos. Combinamos ir juntos a uma festa do PC e pedi-lhe que me mostrasse também a festa de um partido de Direita. Disse-me que sim mas, cá entre nos, duvido que o faca!
Antes dos Festival da Cerveja tinha estado num bar de musica rock: 4Non Blondes Pink Floyd,The Cranberries e....Guns n' Roses. Definitivamente sinto-me quase em casa.
Uma das coisas que mais estou a apreciar e a inexistência de tensão sexual. Todos os dias se conhecem novas pessoas mas ninguém faz olhinhos a ninguém. E fantástico porque a comunicação flui mais livre.
No Sábado fomos caminhar pela montanha em frente a nossa casa. Confesso que foi duro. Para cima custou muito. Para baixo estávamos sempre a rebolar e a "dançar sevilhanas" mas do cimo da Montanha a vista era perfeita. Via-se toda a Área Metropolitana de Skopje e,mesmo em frente, a fronteira natural com o Kosovo. Depois desta aventura radical caminhei 40 minutos ate ao centro da cidade. Estava tão esfomeada e cansada que entrei na primeira pastelaria que encontrei. Pedi 1 pacote de leite com chocolate e um bolo semelhante as nossas Bolas de Berlim mas com chocolate por dentro e por fora. O bolo era tão grande que a empregada deu-me um garfo e uma faca. Pensei:" que mariquice, onde já se viu comer 1 bola de Berlim desta maneira?" e comecei a comer com as mãos. Só depois de ter terminado e ter chocolate do nariz ao queixo e em todos os dedos percebi que eles não põem guardanapos de papel nas mesas!
A parte algumas coisas menos positivas como a poluição e algumas preocupacoes sociais que tenho como a discrepância entre ordenados médios e preços de bens essências,gosto da maneira simpática dos macedónios. Todos eles, velhos e novos, sabem falar Inglês e estão sempre disponíveis para nos ajudar. Nunca me senti enganada com os trocos e nem senti que me cobram outros preços porque sou estrangeira. Acreditem, sinto-me tão ocupada que, desde que cheguei, nunca mais roí as unhas!
Vemo-nos no meu próximo passeio.

http://www.youtube.com/watch?v=CPxraOqthho (a banda que actuou no Festival de Cerveja)

http://www.youtube.com/watch?v=oobDQ0vdm8M (nunca e demais recordar)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A primeira, a segunda e a bilionésima impressao



Quarta à noite tive a minha primeira saída nocturna. Fomos a um bar de música latina. Têm as mesmas músicas que os bares portugueses "movimento sexy" e a do touro enamorado por la luna!
Conheci tanta gente internacional: franceses, espanhóis, italianos,macedónios, romenos. Alguns sao voluntários nalguma coisa outros estudam ou trabalham em organismos públicos e privados.
Talvez um dia destes o Embaixador de Espanha ou alguns funcionários venham cá a casa. Aqui o meio social é tao pequeno que este tipo de informalidades acontecem com naturalidade.
Falei com um belga, Professor de Francês na Universidade de Skopje,que me contou que costuma ver o Embaixador da Bèlgica em conferências formais, com gravata e postura de grande respeito. Há dias entrou num Pub, aqui em Skopje, e o respeitável Embaixador estava tao bêbedo e feliz que ele próprio distribuía as cervejas pela "malta"!
Apresentaram-me,em inglês, uma francesa chamada Beatriz. De repente, em português do Brasil perfeito, disse-me "Entao, vamos falar em português?". Fiquei tao feliz que nao resisti a um gritinho e a um pulinho de felicidade. Demos um abraço de irmandade. A Beatriz esteve no Brasil há 4 anos a fazer voluntariado e, ficou tao encantada, que quando voltou para França decidiu fazer uma Licenciatura em Português. Adora Eça de Queirós e Lobo Antunes.
Fomos para casa de tàxi por volta da meia-noite, depois dos bares fecharem. Aqui podemos chamar os táxis com o dedo como em Nova York. Aliás, nao me lembro de ter visto uma Praça de Táxis.
Quando chegámos à praçinha perto da minha casa a mercearia ainda estava aberta e comprei uma beringela lindìssima e gigante por 20 Denares.
Ontem foi o meu primeiro dia sózinha na cidade. Estava muito ansiosa por atravessar a velha ponte e conhecer o lado albanês-mulçumano (eu vivo do lado ortodoxo).
Quando cheguei ao outro lado senti imediatamente diferença na arquitectura dos edifìcios e na fisionomia dos transeuntes. Nao tinha mapa comigo portanto decidi caminhar sem destino e, simplesmente, sentir as ruas. Automáticamente senti a agressividade e falta de classe com que os homens mulçumanos olham as mulheres ocidentais.
Comprei um gelado óptimo (só 10 denares) e fui ter a um mercado central com tudo e mais alguma coisa, talvez comparável com a Praça de Espanha, em Lisboa.
Caminhei, caminhei, caminhei e de repente estava perdida no meio do mercado, em ruas estreitas, numa espécie de medina. Nao encontrava a saída para as ruas.
Ali, no meio das bancas com trajes femininos mulçumanos, sózinha e insultada pelo olhar daqueles homens e mulheres cobertas com lenços, senti uma fragilidade muito grande.
Encontrei a saída e apressei-me a caminhar para o meu lado da cidade.
No meu primeiro dia na Macedónia disseram-me para nao ter medo porque podemos andar a qualquer hora na rua porque ninguém rouba ninguém. Em casa, as nossas portas estao sempre abertas. De facto sente-se uma segurança incrível porém, admito que possa estar a ser preconceituosa, mas hoje senti um nervosísmo incómodo quando estive naquele lado da cidade. Provavelmente, enquanto me lembrar desta sensaçao, nao volto lá sózinha.

(fotos da ponte velha e das ruas da cidade velha)

Sónia com pânico de voar: Round 1

Entrei para o aviao da companhia Mat Airlines pelas 11horas, de 15 de Setembro. Quase nao tinha espaco para mexer as pernas e o meu lugar nao tinha janelas. Pensei todo o tempo "se isto cair nem sei as coordenadas da minha morte"
Nunca consegui perceber porque e que os comandantes dos avioes falam. Normalmente nao se percebe o que dizem. No meio deste vôo o comandante disse qualquer coisa como "Tal como vos prometi no início da viagem vamos falar mais um pouco sobre a História dos Balcas"!
Também nao consigo perceber porque é que as hospedeiras têm sempre um sorriso tao standard(desculpa Sara). O meu sonho é encontrar uma hospedeira antipática, com nenhum sorriso para oferecer.
Cerca das 12h30 comecámos a sobrevoar a Macedonia.Vista de cima é ainda mais verde,montanhosa e bonita. Comecei a pensar que sou totalmente louca por vir viver para este fim do mundo. Por outro lado senti orgulho em mim pela minha coragem de aceitar este modo de vida tao diferente.
Agora, 4 dias depois, vejo que tudo e muito diferente-as ruas, o transito, as casas, as leis-mas mais do que nunca tenho a certeza que fiz a escolha certa. Escolhi o país mais pobre da Europa para viver mas sinto um enorme privilégio por estar aqui.
Acreditem que esta Europa é muito diferente da que estamos habituados. A ordem social das coisas é totalmente diferente.

Sónia com medo de voar: Round 0

A aventura comecou num check-in com 26,5 kg. Perante o olhar curioso de turistas e transeuntes tive de deixar com a minha mae as minhas sabrinas, os meus livros do Saramago e Dr.Bento Caldeira e , pior que tudo isto, os meus cremes e produtos de beleza. Para me auto-compensar desta tragédia coloquei na bagagem de mao um sabonete Nìvea. Quando passei pelos segurancas, nos dois aeroportos, pedira-me para revistar a bagagem porque havia um objecto nao identificado através do RaioX. Tive de tirar novamente cuecas, cds, peúgas dos meus sobrinhos até chegar ao maldito sabonete.
Mais tarde, já dentro do aviao, sentada do lado da janela, fiquei bloqueada por um casal ariano e feio. Como as minhas pastilhas estavam perdidas na minha bagagem e , preciso delas para os ouvidos nao estalarem, perguntei-lhes, em inglês, se tinham uma pastilha para mim. Olharam para mim com um ar indiferente e disseram que nao. Senti-me uma verdadeira freak!Através da janela do aviao, despedi-me de Portugal, cheio de luzinhas nocturnas e percebi que este foi apenas o meu primeiro obstáculo cultural. Se tivesse pedido uma pastilha a um português, ser-me-ia oferecido o pacote e ainda ouvia a historia da compra "sabe menina, eu tenho um primo, que tem um vizinho, que é casado com a irma do tio de um tipo que trabalha na fábrica das pastilhas. Tenho lá em casa um armário cheio, até ao tecto, de pastilhas"
Como o vôo foi durante a madrugada, muitas pessoas aproveitaram para dormir. Ressonaram, tiraram os sapatos etc...(entendem-me)Quando aterrámos em Viena descobri que a minha mala cor-de-rosa estava toda suja e molhada!Fiquei 5horas no aeroporto de Viena com uma ex-mala bonita. Durante este tempo consegui perceber que eles sao muito trabalhadores e stressados. Era de madrugada e havia um movimento incrível de engravatados. Corriam de um lado para o outro com pequenos trolleys e sempre a olhar para o relogio.



To be continue...

sábado, 13 de setembro de 2008

Encantada


Este é o ultimo fim-de-semana que respiro o ar de Portugal em 2008. Estarei de volta daqui a alguns meses. Levo comigo ilusões, receios, expectativas e um desejo sem fim de partilhar com o mundo a minha herança cultural: a Lusófonia.
Quero que todos conheçam os autores da Presença e os génios do intervencionismo: Ary, Gedeão e Sophia. Quero que todas as mulheres se deslumbrem com Vinicius e Eugénio d´Andrade e que todos se percam na doçura das mornas cabo-verdianas e na vida do Sr.Napumoceno da Silva Araújo. Quero que o Pepetela mude a vida de alguém como fez comigo. Quero conseguir falar da paixão do Professor Horta. Conseguirei descrever a emoção que a Odete Santos (mulher) transmite quando declama Calçada de Carriche?E o cheiro do Bacalhau a Bráz?O sabor da Ginja de Óbidos?
Levo tanta força comigo, um grande sorriso e um bocadinho de vocês dentro de mim.

Por favor cliquem no link e ouçam a música que escolhi para vos dizer ATÉ JÁ

http://www.youtube.com/watch?v=oZaEKpz7FkQ&feature=related
(Na foto: Inês, Cátia, Natacha, Sónia, Marta, Filipa, na Rua da Trindade em Lisboa,na semana passada)

domingo, 7 de setembro de 2008

Top disto, Top daquilo....


Todos temos as nossas manias e peculiaridades que fazem de nós seres individuais.
Há dias reparei numa peculiaridade minha, que se repete há anos e me leva a crer que já se trata de um vício: sou capaz de ficar dias inteiros sentada no sofá a ver tops. Top dos 100 melhores rifs, top das 100 piores músicas, top das casas mais caras do mundo, top das melhores vozes de sempre. Lembro-me que em criança já era assim. Ao Domingo nunca queria sair de casa para poder ver o TOP+ (ainda apresentado pela Catarina Furtado muito jovem e por um gadelhudo da rádio).
O melhor deste vício é a oportunidade de rever clássicos sempre agradáveis e nostálgicos (Ugly Kid Joe, The Beatles, 2Unlimited) e de sonhar com casas que nunca serão minhas enquanto reponho o stock de Donuts no organismo. O pior é que tenho sempre de rever clássicos aborrecidos como Boyzone, Celine Dion e Nirvana (não há pachorra!).
Esta questão do vício dos tops levou-me a reflectir sobre outra questão mais profunda e sensível: a necessidade de termos ídolos.
Todos nós, nalguma altura da nossa vida, almejamos ser alguém que, estupidamente, consideramos ser melhor que nós. Essa figura até poderia ser Deus porém somos demasiado mundanos e pecadores para desejarmos ser como Ele. Voltamo-nos para Ele apenas nas horas de aflição porque nas horas de descontracção procuramos pessoas reais, que nos façam sonhar acordados.
Assim, deixo-vos aqui o meu top5 (ordenado aleatóriamente) de pessoas que considero imprescindíveis na minha lista de ídolos (se quiserem enviem-me os vossos tops para debatermos):
1- Combatentes em guerras, opositores de regimes ditatoriais e seus familiares: pelas horas de solidão. (Leiam os relatos dos clandestinos do PCP durante o Estado Novo);
2-Jesus Cristo e Ghandi: ao contrário de Deus, uma figura exclusivamente espiritual, eles foram humanos como nós e resistiram a todas as hostilidades (excepto à morte) com um sorriso de tolerância nos lábios;
3-Ao feminismo e à feminilidade: são tão importantes as mulheres que recusam as convenções sociais como as que as aceitam em prol da crença na Família como pilar-base de uma sociedade equilibrada. Infelizmente, algumas ainda são traídas pela sociedade-lobo com pele de cordeiro mas o Equilíbrio e a Igualdade hão-de chegar a todas;
4-Aos intelectuais que só falam, falam, falam e não produzem nada: a eles se deve a oposição à ordem social previamente estabelecida;
5-Às crianças: são elas o futuro. É para elas que devemos canalizar as nossas melhores inspirações. Um dia serão cidadãos activos e farão como viram fazer.
6- Decidi improvisar esta alínea no top porque não posso deixar de contemplar o Trifene200. Obrigada por todos os momentos de alívio. Vales mesmo a pena!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Super-Sónica

Já tenho as reservas dos vôos para a Macedónia.
Este não será concerteza o primeiro dia do resto da minha vida porque tenho a minha Identidade assente em experiências únicas-por vezes boas, por vezes más-mas será certamente um presente (por vezes envenenado) que irá contribuir mais um pouco para a conquista do meu espaço no mundo real e o melhor de tudo: é totalmente patrocinado pela União Europeia!
Acredito profundamente na Multiculturalidade, num mundo sem fronteiras, com iguais oportunidades para todos. "You may say that I'm a dreamer But I'm not the only one I hope someday you'll join us And the world will be as one .."
A vida é tão breve , simples e bela e,em respeito a esta crença, tento sempre ter o máximo de experiências genuínas. Tenho feito opções que primeiramente me dão muito prazer.
Talvez esta seja apenas uma forma de fugir à realidade das "nove às cinco" mas quando se está num aeroporto estranho, com companheiros de viagem desconhecidos até há poucos dias, com as bagagens perdidas há mais de 4 horas e encontramos espírito para brincar com o cheiro da "alma" podre do caldo-verde sem termos vontade de esmurrar o homem do guiché é porque somos pessoas inteligentes com um enorme sentido de humor e a nossa mente não tem fronteiras.
Dedico este texto aos meus colegas de Estudos Africanos (contra tudo e contra todos), à Solange Tchuda, Paula Leite,à Célia Miguel pela incansável busca do prazer no trabalho, ao Manuel Tibério pelos intercâmbios feitos nas férias em lugar da corrida ao Algarve, ao Diogo (tu sabes que no fundo eu entendo essa indecisão entre ser o homem da mochila às costas ou o Yuppie com poder de compra)

Deixo-vos este presente de todas as cores: