sexta-feira, 31 de julho de 2009

Primeiro vestígio arqueológico pós-Macedónia



Olá !Olá

Encontrei um português ex-SVE na Macedónia,que vive em Portugal.
Já entrei em contacto e aguardo resposta.

Também agora sugiro que não percam as cenas dos próximos capítulos.

Por coincidência também se chama André. Desconfio que os Macedónios pensam que é o nosso único recurso em nomes masculinos!!

Ajde Macedónia. Ce gledam (já com algumas Saudades. Há horas que mudam as nossas vidas)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Porompompero



Prezados leitores

A imaginação continua em grande, tal como a preguiça e a falta de tempo.
A minha mente continua a passear, por enquanto e, intensivamente, em Lisboa, mas a partir de Janeiro , e durante 6 meses, levar-vos-ei por passeios a Sevilha. Vale chicos?

Não percam as cenas dos próximos episódios.

Até que a voz me doa

Quem nunca fez listas que ponha o dedo no ar e fique de costas para a turma com umas orelhas de burro. É o castigo pela incapacidade de sonhar!

Lista de coisas que quero fazer até ao fim da minha vida:

-Aprender a cozinhar saladas apetitosas e coloridas
-Aprender a costurar
-Gostar de desporto
-Saber escrevercomo ninguém
-Saber colocar a voz perante o público
-Desenvolver capacidades na área da floricultura
-Viajar
-Viajar com os meus sobrinhos
-Tocar Viola




Lista de viagens que quero fazer até ao fim da minha vida:
-Açores
-Amsterdão
-Paris
-Itália (outra vez)
-Cabo-Verde
-Marrocos
-Islândia
-Macedónia
-Arquipelago dos Bijagóz
-Nova York
-Egipto
-Vilnius
-América Central
-India
-Japão
-Barcelona
-Patagónia (a Grande, a tal viagem da vida)


National Geographic, a Sérvia e Eu



A edição 100 da National Geographic portuguesa, Julho de 2009, tem na página 69 uma reportagem fantástica do jornalista norte-americano Chris Carrol, intitulada “Os Sérvios, uma Nação divisível”. Não que seja uma obra-prima do jornalismo mas porque descreve em palavras e imagens exactamente o meu ponto de vista sobre os Balcãs, a ex-Jugoslávia e a questão do Kosovo: um misto de amor e respeito intenso que vem da alma com uma profunda confusão sobre os factos, mais a frustação de não entender por mais que pense, reflicta e questione.
Não controlei a emoção ao ler as palavras de Carrol. Com palavras e imagens ele mostra aquela que foi a minha realidade durante 8 meses. Ele percorre as mesmas ruas, vê as mesmas gentes e depara-se com as mesmas questões perante uma sociedade tão fortemente dividida por questões étnicas.
Oxalá a vida me leve de novo à ex-Jugoslávia

(cliquem no título para terem acesso à reportagem)

Sim, eu sei que às vezes os momentos são tão somente isso: Momentos.
São para ser vividos com toda a intensidade e, posteriormente, lembrados com nostalgia mas sem segundas intenções. Sim, eu sei isto. Afinal quando amigos me pedem conselhos é esta a filosofia que lhes vendo. Acrescento ainda que devemos continuar o caminho orgulhosos porque temos mais uma história bonita para contar e que, em ultima análise, é melhor ter vivido um verdadeiro momento do que uma realidade que não nos faz feliz. Para terminar digo que o tempo tudo cura.
Ora, claro está, que eu acredito, por experiência, nestes conselhos. Acredito mais ainda quando não sou eu a precisar deles. Não quer dizer que eu não saiba que o tempo é um grande aliado, não quer dizer que eu não ame intensamente as minhas histórias...porém é tão dificl esperar que o tempo venha e nos ajude a arrumar as nossas próprias memórias no Passado.
Assim, sigo saudosa dos teus abraços, do teu intenso calor humano. Relembro consecutivamente um momento em que, já sendo dificil voltar atrás e ceder às tentações da carne, me disseste “adoro este poder latino”, e outro em que transtornado pela intensidade do momento, interrompeste um beijo, agarraste o meu rosto entre as tuas mãos, disseste entre um palavrão de incredulidade “amo-te, amo-te” e ainda um outro em que caminhávamos lado a lado e tu, depois do meu comentário ao teu convite para jantar na tua casa, me beijaste como se o mundo fosse acabar amanhã. Eu disse-te “agora sim, estas-me  seduzir”. Desfilo estas recordações e vou-lhes acrescentando diálogos e conversas que não chegámos a ter.
Sei que um dia destes hei-de acordar melhor, sei que o tempo também me irá beneficiar, sei também que não há espaço nos nossos mundos para esta relação contudo não posso deixar de sentir uma saudade que me desespera...Foste um grande momento. Oxalá te transforme rápidamente nisso, apenas nisso.

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Quando as vi a primeira vez achei-as nada atraentes. Pensei, para comigo, como é possível um homem com uma alma tão brilhante, tê-las neste estado de pequenez. Tinham até um ar desengonçado, meio torto e desproporcional.
Fiquei desapontada.

Quase decidi ali que não queria estar com ele por causa delas. Felizmente, por necessidade ou por uma atração fatal que sentia pelo seu brilho interior, decidi ignorá-las, pô-las de parte, como um acessório de inferior importância e parti à conquista deste homem que por algum motivo me fascinava.

Falo das suas mãos.O meu encontro com elas não foi, com toda a certeza, um Amor à primeira vista porém 1 ou 2 tentativas e revelaram-se o elemento mais marcante da nossa relação e o que me fazem recordá-lo com uma saudade sem fim.

A suavidade com que pousavam no meu corpo quando era hora de descansar, sem antes,porém, me terem tocado com insaciedade, curiosidade, decisivas e inesquéciveis, quando eu queria estar acordada -e ele também.

E quando percorriam o meu rosto e eu as sentia a percorrem a minha alma. Quando se detiam no meu cabelo acompanhadas pelo seu olhar que me esmurrava o estômago e me acendia as entrepernas.

Se me guiar pelo raciocínio confesso-vos que,inicialmente, não gostava da sua maneira de beijar contudo, hoje, recordo aquela urgência de tocar lábios e linguas e felicidade e desasossego e almas como algo inesquecível. E as suas mãos a acompanharem-no, como a Lua acompanha a noite e o Sol o dia. A percorrem a minha pele. Pousavam certeiras na minha cintura inquieta. Primeiro eram como uma pluma, lentas e leves, depois eram a larva do vulcão em que eu me transformava.

De todas as mãos que conheci estas foram as que menos espelhavam a promessa do que traziam consigo.

Nunca lhe disse como, no fim das contas, as suas mãos, parte do todo que ele era, significaram para mim.
Um dia, se ele,finalmente, responder aos meus emails, digo-lhe, sem rodeios, que quero casar com as maõs dele.