domingo, 30 de outubro de 2011

Suécia


Vista parcial de Estocolmo

Na Suécia encontrei um dos países mais acolhedores que visitei até hoje, enganam-se pois, os que pensam que os países nórdicos estão feitos por e para gente fria.

O verde é a cor predominante e o ar é 100% fresco e limpo nas zonas de campo ou subúrbio.

Os subúrbio são decorados com casinhas unifamiliares, com pequenos jardins à volta e,Estocolmo, como tem muitos canais por onde circulam as águas do Báltico, é uma cidade bastante agradável, amiga do ambiente e pouco ruidosa. Apesar de ter mais carros do que eu imaginava,há uma sensibilização muito grande para as causas ambientais e para a Saúde e necessidade de fazer desporto, portanto é normal ver passar em bicicleta executivos e senhoras de salto alto.

Tive a sorte de ser recebida por uma família: a Brigita e o Jan, mais os filhos Enrik e Magdalena, respetivos pares, a Carolina e o Gustav e, ainda, a Toska, uma cadela muito linda e campeã. Vivem em Nortlajie, a 1 hora a Norte da capital. São gente que tem muito que contar, partilhar e receber. Sobretudo têm um coração onde cabe toda a gente. Receberam-nos na sua típica casa nórdica - que por fora parece uma casinha de chocolate- com um pequeno jardim à volta, cheio de plantas aromáticas, pequenos arbustos e uma maravilhosa árvore de groselhas, com as quais me deliciava cada manhã.

De pequeno-almoço serviam-nos pão negro, com compota natural, ovos e legumes. O almoço e o jantar quase sempre eram servidos com comida totalmente saudável mas, e, sobretudo, saborosíssima. Para eles é algo fundamental consumir produtos locais e essa foi sem dúvida a grande mudança operada em mim, depois da volta a Espanha. Consumir produtos locais significa ajudar os pequenos produtores e lutar contra o imperialismo das grandes superfícies, que cada vez mais e sem pudores, nos vendem produtos geneticamente alterados, que nos fazem apodrecer por dentro. Embora sejam mais caros, eu acho que vale a pena investir. Por exemplo, experimentem comer uma cenoura ou um tomate biológicos.

Passeamos muito, andámos quilómetros e descobrimos lugares e pessoas inesquecíveis. Fiquei com a certeza que, apesar de serem países muuuuito caros (1 café no centro histórico custa em média 3 ou 4€), eu quero voltar lá acima. Ficou tanto por ver, tanta e mais gente simpática por conhecer, tantos produtos locais, cheios de sabores, que não provei.

Obrigada aos meus amigos suecos e ao David. Agora posso dizer que eu já fui muito feliz na Suécia.

P.S: confirma-se: são uma gente mesmo gira.


casa típica, nos subúrbios de Estocolmo


Produtos locais (pão também)


Eu, o Báltico e "O cerco de Lisboa"