quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O mundo, Obama sucks e Gervasio Sánchez

Preocupa-me o estado do mundo. Como já comentei há algumas semanas, acho que em geral não estamos a dar a devida atenção aos actuais conflitos armados que assolam o mundo. E o mais grave é que estão a acontecer à nossa porta. É como se o nosso vizinho do andar de cima desse uma tareia na mulher e nós fossemos dormir com a consciência tranquila porque afinal “entre marido e mulher ninguém mete a colher”. Felizmente já não é bem assim e a violência é responsabilidade de todos e não apenas dos que a proliferam e dos que a sofrem.

Acho, também, que mais que indiferença, existe uma apatia muito grande em relação a tudo. Precisamos de heróis e agarramo-nos a espectros, tais como Barack Obama. Lembro-me do dia em que ele ganhou as primeiras eleições. Eu estava na Macedónia e liguei contentíssima para casa, em Portugal. Do outro lado encontrei a minha mãe estava ainda mais eufórica do que eu. Depois ganhou o Nobel da Paz e agora é o cabeçilha de actos bélicos, seguindo a lógica  da “guerra em nome da Paz”. E mesmo assim, sendo consciente desse facto, não consigo deixar de gostar dele. Porque ele é o espectro dum Herói que eu não tenho. E como eu, existem milhares de jovens da minha geração, que pressentem que algo está errado mas não sabem como agir. Porque crescemos com todos os luxos e não podemos imaginar a realidade dum jovem sírio, embora saibamos que não está nem ai para o lançamento do Iphone 6, porque as preocupações que tem dizem respeito à sobrevivência básica.

Mesmo assim não cesso de procurar uma saída para a minha apatia. Procuro informar-me, apesar da informação que me chega não ser –demasiadas vezes-imparcial. Selecciono a informação. Não acredito nem em metade do que os jornais me contam e agradeço não ter televisão. Importa-me muito mais a opinião dos heróis anónimos que estão nos lugares de conflito a documentar a realidade e que põe em risco a sua própria vida para que o mundo saiba o que se passa. A isto eu chamo LIBERDADE. Não a deles, porque não são realmente livres, mas o fruto do trabalho deles.

A partir de hoje, ali do lado direito, juntamente com os blogs dos meus amigos, vão encontrar alguns blogs de repórteres de guerra. Pessoas que pelo trabalho que fazem, parecem-me descomprometidas com o sistema político e, logo, têm algo deveras importante para contar. Algo que, espero, mexa um pouco com as nossas consciências.

Para começar vou pôr o blog do fotógrafo espanhol Gervasio Sánchez.
Há dois anos vi uma exposição dele que me impressionou muito. Além do corpo de Sofia, mutilado pelas minas, em Moçambique, vi fotos dos sucessivos conflitos em Angola. Fotos que me recordaram imagens que na minha infância eu via na televisão (na minha casa não havia censura, nem essas frescuras de agora). Mas, o mais impactante foram as imagens da guerra da Bósnia, nos anos 90, e dos conflitos que levaram à independência forçada do Kosovo, em 2008.  Não pude evitar que me caíssem as lágrimas. Eu cheguei à Macedónia poucos meses depois deste conflito. Da minha banheira via a cordilheira que fazia a fronteira entre a Macedónia e o Kosovo. E visitei a Bósnia quatorze anos depois da guerra ter terminado e, até hoje, continua a ser o país que maior impacto me causou. Para mim, no meu "eu" como pessoa, existe um antes e um depois do “passeio” à Bósnia.

O fotógrafo Gervasio Sánchez já tinha ganho muitos prémios nateriormente, quando ganhou um importante prémio em Espanha. Outro qualquer teria feito um discurso de eterno agradecimento aos seus conterrâneos, teria dedicado o prémio à mãe, à prima e a todos os espanhóis.Mas este homem aproveitou o foco de atenção no seu próprio pais e, com todas as câmaras e microfones On, acusou o governo espanhol de traficar armas com dirigentes de países com conflitos bélicos activos, ao mesmo tempo que participava em cimeiras e campanhas a favor da Paz. Acho, pois, que além de todo o mérito que tem como “contador de verdades”, isso é motivo mais do que suficiente para não o perdemos de vista. Está ali ao lado. E outros como ele se hão-de seguir.


Angola 1999

Kosovo 1999
À descoberta do Amor, Mahatma Gandhi

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol

e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive a sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Insólitos Irlanda #3


What a fuck is this man? O que é que estes dois animais fofinhos estão a fazer nestes preparos à porta dum dos mais movimentados supermercados da cidade? Isto não será considerado zoofilia? E o mais estranho é que estão colocados à porta dum consultório chinês que promete fazer perder peso com métodos inovadores e de forma rápida...Serão estes os métodos?

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Fitzgerald Park, Cork

Situado a pouco mais de quinze minutos do centro de Cork, o Parque Fitzgerald é um oásis na cidade. Embora não seja muito grande oferece uma variadade enorme de cantinhos com encanto, sombras e relva fofa onde estender a capulana e dormir uma sesta ou simplesmente conversar ou apreciar a paisagem vegetal.

A área ocupada actualmente pelo parque foi palco da Cork's International Exhibition, em 1902. O impulsionador da feira e, então, presidente municipal Mr. Edward Fitzgerald, dá o nome ao parque de agora. Alguns dos pavilhões que foram utilizados no inicio do século XX para as exposições, continuam lá e dão vida a novos espaços ao mesmo tempo que se misturam com detalhes arquitectónicos modermos. O parque deixa uma impressão de conto de fadas com algo futurístico e muito actual.

Além dos jardins aromáticos há um parque exclusivo para os skaters, uma “casinha de bonecas” com actividades para crianças, um café com vistas para o relaxante Rio Lee, a ponte Shakey (construída em 1926), um recanto futurista inspirado numa casa nas árvores e o Museu da Cidade. No Museu da Cidade, entre outras atrações, estão uma séria de objectos pessoais de Michael Collins o mítico líder revolucionário da Irlanda, o Deus local, assim como objectos históricos dos Celtas e outros costumes e curiosidades locais.
Off the record: o museu é um dos poucos sítios na cidade com WC público e de acesso livre.


O Fitzgerald é sem dúvida um dos espaços mais agradáveis da cidade. É óptimo para fazer desporto. Na minha opinião, a par dos jardins da Universidade, este é o melhor jardim já que está bastante limpo e não é mal frequentado. As fotos que fiz foram tiradas ao final da tarde e não fazem justiça à beleza do lugar. Sugiro, pois, que carreguem AQUI e vejam como é bonito.








quinta-feira, 21 de agosto de 2014

St. Patrick Hill - Cork

Na lista dos must-see de Cork consta o St. Patrick Hill. Trata-se duma rua muito inclinada no centro da cidade. Desde o topo há uma vista de 180ºC muito bonita. É possivel admirar os prados irlandeses que fazem fronteira com a cidade e ver uma série de detalhes arquitectónicos que não são visíveis desde qualquer outro ponto da cidade.


Não desdenhando a cultura local posso-vos garantir que quem fala do St.Patrick Hill como um monstro de sete cabeças ao qual há que domar depois de suar horrores, nunca esteve em Lisboa. Qualquer ruela da Penha de França tem maior inclinação e dificuldade que esta rampinha irlandesa, com a agravante da calçada portuguesa e das necessidades impúdicas dos animais de estimação da fauna humana lisboeta.

Mouraria Junho 2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Lenga lenga pessoana by Adelina Charneca

Olá,quem és tu?
__Eu,sou Fernando Pessoa.
Como posso saber?
__Pergunta ao Ricardo Reis.
Onde está esse homem?
__Não sei,pergunta ao Bernardo Soares.
Caramba...assim fica dificil trabalhar,onde posso encontrá-lo?
__É melhor que perguntes ao Alvaro de Campos.
__Fernando,tu dás-me conta da cabeça com tantas trocas e baldrocas.
__Bom,é mesmo essa a minha intenção,dar-te trabalho para que compreendas a minha personalidade,ou desistas de meter-te na minha vida.
Qual personalidade se és tantas figuras?
__Procura-me...procura-me que em algum sitio me encontrarás...e agora adeus,a minha Ofélia espera-me.



domingo, 17 de agosto de 2014

Aviso: vou implicar com os PALOP

Desde a antiguidade que algumas minorias reclamam os seus direitos, mas foi sobretudo depois da revolução francesa que essas reinvidicações se tornaram mais banais. No século XIX, passado o auge da revolução industrial e com as ideias marxista a apelarem ao espírito reinvidicativo e sindical, as ruas foram cenário de lutas sociais por direitos que hoje em dia nem sequer questionamos. Na luta e pela luta morreram centenas de pessoas às quais devemos, em parte, a nossa liberdade.

O século XX foi palco de enúmeras manifestações de apoio à liberdade de direitos colectivos e individuais. Considero que a maioria foram de suma importância e quiças deveríamos reflectir um pouco mais sobre esse processo democrático, sobretudo no contexto actual, onde muitos desses direitos nos são descaradamente roubados (sugiro a leitura de “Indignai-vos!”, de Stephen Hessel).

Um dos episódios revolucionários mais apaixonantes do século XX foi a “Queima dos soutiens”, a 7 de Setembro de 1968, quando um grupo de mulheres americanas considerou públicamente os concursos estilo “Miss America” ou “Miss Universo” etc...uma opressão e manipulação da beleza e liberdades feminina e, por isso, nesse dia, em Atlantic City, juntaram-se cerca de  quatrocentas pessoas que, simbólicamente “queimaram” signos da beleza feminina segundo os padrões vigentes. Alguns soutiens, espartilhos, cintas, maquilhagem e muitos pares de sapatos de salto alto foram atirados para um recipiente e alguém sugeriu que fossem queimados. Como o local onde se encontravam era privado nunca o puderam fazer, mas ficou a intenção e o simbolismo do acto. No dia seguinte os principais tablóides apelidaram o momento de “Bra-burning”. O zum-zum-zum começou e, um pouco por todo o mundo, activistas e manifestantes copiaram o acto protagonizado em Atlantic City.

Braburning - Atlantic City - 1968
O que é que isto tem a ver com os Palop?

Ora, como viajo sempre ligera de equipaje o meu único luxo desde há muitos anos é um velho portátil multifacetado. É através dele que contacto com o mundo, me divirto, me informo, escrevo, sou feliz e infeliz (atenção: há mais vida para além da minha relação com o meu portátil). Uma das funcionalidades do meu portátil é trazer-me as ondas FM de umas quantas rádios que gosto de ouvir. Se vocês também gostam de rádio gostava de vos sugerir as seguintes frequências:

Portugal – RFM Oceano Pacifico

Espanha – Radio 3

Irlanda – Sunshine Radio

Angola – Radio Kizomba

Bom, e é aqui, nesta última referência radiofónica, que reside o meu espanto. Em Lisboa, quando o corpo pedia a alegria nata dos países africanos, ligava ao meu querido Nzinga e lá íamos nós abanar a anca. Fiquei, pois, fã de alguns grupos de música africana e recordei os dois concertos do Bonga e o concerto dos Tabanka Djaz a que assisti há muitos anos. Adquiri conhecimentos sobre novos artistas tais como o Paulo Flores. Considero que todos eles são artistas de mérito, que têm uma mensagem a passar, umas vezes mais profunda, outras vezes de desbunda, mas em geral têm qualidade. Pensava eu que a Radio Kizomba andava dentro desta linha, mas encontrei algo que os meus ouvidos e o meu cérebro preferiam não ter encontrado. Sem me alongar demasiado aqui vão algumas das pérolas que fazem com que o Quim Barreiros pareça um menino de coro:

 “olha moça pode parar se isso continuar vais-me arranjar confusão vou logo avisar se a minha esposa chegar ela vai-te dar tau tau não arranja confusão se a minha esposa te mete a mão JA TE AVISEEEI...TAS A VER A IDEIA???...” Leopoldo Saide – Não me arranja confusão
  
“Me da tua maçã pra eu provarééé eu estou com fomé quero comer” Dj Machine feat. Caudio Ismael –Maça

“Tudo o que eu tenho para te dar babyyyy....é só amoooor, já sei que não foi a melhor forma de te conquistar...vamos formar o nosso proprio lar...a mansão que te levava era do meu patrão...o carro era da minha tiiiia...”lili saint- só amor

“Ele: não voltas a mexer na porcaria do telemovel...
Ela:Corri o mundo só por ti....fui até ao fundo escalei montanhas para te encontrar e tu não soubeste valorizar...tu es como a lua tens várias caras e não sei qual é a tua...
Coro: chez besoin de toi... já nao vale a pena sofrer, ja nao vale a pena continuar...
Ele: eu sempre de amei e tu nao me davas atenção , baby eu não sou de ferro, por isso cai na tentação, amor eu sempre fui sincero, eu não consigo parar de chorar para ti...por favor acredita eu não estou a mentiiiirrr yyeeehhh”, JessicaFerrao feat. Zimous - Ja Nao Vale a Pena

Sem falsos pudores, considero que estas letras são machistas. Não têm nada de divertido (ao contrário do Quim Barreiros). São pura violência sexista. E o que me deixa mais triste é que a maioria destas “épicas” palavras são cantadas por angolanos e por moçambicanos. Angola e Moçambique pariram alguns dos mais bonitos poemas e canções de amor à liberdade. Agora, mais do que nunca, ambos países têm muitas liberdades pelas quais lutar e um largo caminho a percorrer que vai muito além dos sumptuosos edíficios e das neo-elites “colonialistas” que estão a surgir da chamada classe média. Ainda bem que o Craveirinha já não está por cá...e ainda bem que esta canção um dia foi inventada:

“...Antigamente a velha Chica vendia kola e gengibre e lá pela tarde ela lavava a roupa do patrão importante, e nós os miudos lá da escola perguntávamos à vovó Chica qual era a razão daquela pobreza, daquele nosso sofrimento...Xé menino não fala política...mas quem vê agora o rosto daquela senhora, já não vê as rugas do sofrimento...Xé menino já posso morrer, já vi Angola independente...”

sábado, 16 de agosto de 2014

Modernices

Era uma vez uma rapariga irlandesa. Cabelo ruivo, outfit demasiado exagerado, três pacotes de base barata a rebocarem uma pele que poderia ser mais jovem se não fosse tão massacrada pelos polyparaben. Ah e um cachecol. Ela levava sempre um cachecol trendtopicA rapariga costumava andar na rua sem andar. Normalmente desfilava para uma pequena multidão narcisista que passa tanto tempo a auto-retratar-se e a fazer upload em tantas páginas cheias de selfies  que dúvido que no fim do dia sobre tempo para ver outras fotos que não as próprias. Ela andava sem olhar para os passos que dava porque normalmente na mão levava o iphone. E enquanto andava ia-se vendo a caminhar.E ia reclamando dos tantos defeitos que se via nela própria. Eram tantos, tantos, tantos que não parava de maquilhar-se e comprar roupa para tapar a esses tantos defeitos merecedores de duzentas auto-retratos diários. E enquanto andava nem reparava nas pessoas que passavam por ela: as tias, as vizinhas, os amigos de carne e osso. Uma rapariga sózinha numa página cheia de multidões. E ela andava e andava. E via-se reflectida no iphone. E enquanto andava e andava o cachecol ia-se soltado do pescoço. E ia e ia em direcção ao chão. Mas a rapariga ia tão entretida a admirar-se a si mesma que nem reparava que levava o cachecol a arrastar pelo chão. E um dia, enquanto se via no reflexo do iphone e o dedo já estava a carregar na tecla que faria outro selfie original- entre tantos- a rapariga tropeçou no cachecol, caíu no chão, partiu o nariz e borrou a maquilhagem. E eu, que às vezes vejo coisas que preferia não ver, morro de curiosidade de saber como teria ficado esse selfie se o iphone não se tivesse partido em mil pedaços, quando o cachecol decidiu dizer à rapariga "hey, psiu, olha para a frente se não cais!".

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Insólito Irlanda #2

Em Cork só está permitido deitar fora o lixo às Segundas. Normalmente respeito bastante as leis de civismo e boa convivência social. Vejamos, em Madrid só estava permitido deitar fora o lixo à noite e jamais desrespeitei essa norma. Os caixotes do lixo eram armazenados dentro dos edifícios, portanto tinha todo o sentido que os dejectos domésticos não ficassem a apodrecer e a criar maus cheiros.

Aqui, os caixotes do lixo também são propriedade de cada edificio mas estão na rua. Entendo que existam horas e até mesmo dias para deitar fora o lixo doméstico mas...só UMA VEZ por semana parece-me demasiado exagerado tendo em conta que nos supermercados quase tudo é vendido empacotado e a produção de lixo caseiro é exagerada. Por exemplo, a fruta não é vendida em avulso, a carne vem embrulhada em não sei quantos plásticos etc...

Assim, e lamento a falta de civismo, só há uma solução: esperar que a noite venha, sair à rua qual cadeirudo, deitar fora o lixo e desaparecer o mais depressa possível com os calcanhares a bater no rabo.



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera

A vida tem o condão de nos surpreender. E muitas vezes as surpresas acontecem quando menos esperamos. Nem sempre somos premiados com uma surpresa agradável. Já aqui disse que a maioria dos voos que empreendemos ao longo da vida têm, infelizmente, uma aterragem dificil e penosa. E não há forma de maquilhar essa realidade. Contudo, podemos digeri-la com maior ou menor optimismo.

Assim, desembrulhado um presente que a vida me deu, chegou uma surpresa que ainda não sei se veio por bem ou por mal. Eu estou mais inclinada a engolir em seco a parte má, ficar só com a parte boa no albúm das recordações e enviá-la directamente para o arquivo dessas brisas boas que a vida tem e que chegam da mão da pessoa certa mas, tantas vezes (demasiadas), na hora errada.

E uma vez mais é preciso admitir que o AMOR não vive só de boas intenções e cabanas. O amor, as relações, as pessoas, precisamos de tempo para nos cuidarmos mutúamente numa relação a dois. Para abrir os braços quando o outro cai e tomar uma garrafa de Cabriz ao serão quando o outro está feliz.

Têm sido mais de trezentos e sessenta e seis dias de fortes cabeçadas e tropeções mas quero acreditar que a vida me vai dar uma trégua...afinal, por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.


domingo, 10 de agosto de 2014

Catedral de St.Fin Barre - Cork

Talvez por oposição ao protestantismo dos britânicos, personas no gratas para os irlandeses, a Irlanda é sumamente conhecida como um país católico. Logo, não é de estranhar que a paisagem da Ilha Esmeralda esteja pintalgada de torres e mais torres, normalmente construídas com granito ou tijolo de burro.

Cork tem umas seis dessas torres. A Catedral de St. Fin Barre é a sede da igreja católica no Condado de Cork. Eu não entrei porque a entrada custa 5€ (3€ para estudantes) e já tinha visitado outras igrejas na Irlanda. Mesmo assim vou-vos contar o pouquinho que sei sobre a catedral da cidade.

Foi construída no século XIX pelo arquitecto William Burges sobre as fundações de outros dois lugares de culto .Vista de frente parece a Notre-Damme sem o Quasimodo. À volta da igreja há um velho cemitério e uma espécie de monte relvado onde, nos dias de sol, se sentam os transeuntes.

Um dos pormenores mais emblemáticos da catedral de St. Fin Barre é o Anjo da Ressureição oferecido pelo arquitecto fundador. Uma lenda local conta que no dia em que o Anjo cair chegará em seguida o fim do mundo. Se esse dia chegar espero estar bem longe do mundo, ou pelo menos de Cork!


Catedral vista da parte de trás

Anjo da Ressureição

Cemitério+os meus dedos

Vista frontal

ERRATA 14/08/2014: o meu segundo amigo irlandês disse-me hoje que a Catedral é protestante.

sábado, 9 de agosto de 2014

As pontes sobre o Rio Lee - Cork

Cork está construída numa espécie de delta do rio Lee. A cidade é percorrida por vários canais, parecendo uma ilha dentro duma ilha. Ao longo destes canais há dezenas de pontes. Fotografei algumas para que fiquem com uma ideia de como pode ser romântica esta pequena cidade portuária.




Ponte de St.Patrick é a mais emblemática da cidade

Ponte de St.Patrick



domingo, 3 de agosto de 2014

Insólitos Irlanda #1

Nas bibliotecas que eu frequento não há W.C. público.
As bibliotecárias sempre prestáveis recomendam um ou outro café nas redondezas.

O que eu me pergunto é se os donos desses cafés são tão prestáveis e aceitam com a mesma gentileza receber os "despojos" dos leitores das bibliotecas irlandesas...


lavatório de água quente por baixo e secador por cima