segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Eu e a minha holamiga T.F

Qual amiga qual carapuça!!
Na semana passada recebemos uma visita especial aqui no orfanato. Veio-nos visitar uma hiper-famosa do jetset espanhol, acompanhada pelo seu séquito de totós!

Eram umas quinze pessoas e estiveram quatro dias em Moçambique. Visitaram sobretudo a Casa do Gaiato.
Durante a estadia usaram o nosso machibombo. A Consol, uma voluntária espanhola que não deixa escapar uma, utilizou esse facto para benefício do orfanato e conseguiu convênce-los a visitarem-nos.

À primeira vista, a famosa T.F, parecia muito tímida e pouco vedeta. Falava tal e qual os do jet-set, mas de resto parecia uma rapariga muito normal.
Já as pessoas da equipa que a acompanhavam andavam de cadeias às avessas. Pelo que pude entender, a ideia da viagem partiu de uma fundação de apoio à infância que se costuma associar a famosos para conseguir angariar fundos. Na viagem a Moçambique fez uma parceria com uma empresa dos media que, por sua vez, se associou a esta famosa que, obviamente, veio à borlix.
Os da fundação estavam como loucos porque o plano inicial era promover as necessidades dos projectos locais, mas a empresa dos media passou o tempo todo a fotografar e filmar a T.F, sempre bem penteada e maquilhada por um profissional que a acomponhou todo o tempo. Os da fundação estavam piursos. Ao fim de dois minutos de conversação com o David, a presidente da fundação- uma amiga íntima do botox- disse cobras e lagartos da T.F. Precisava desabafar!

Decidiram fazer uma reportagem com a T.F. e com as irmãs a falarem sobre o orfanato e as necessidades presentes. Pediram-me para fazer de interprete. Tivémos de simular uma conversa enquanto nos filmavam de longe. A T.F. fez-me várias perguntas e quando eu respondia disse-me “ok, ok, agora contas isso quando estiverem a gravar o som, ok?”. Repetiu a façanha com as irmãs. Quando elas lhe contavam alguma coisa ou falavam sobre alguma necessidade, ela dizia-lhes para falarem sobre isso quando a câmara estivesse a gravar o som.

Eu fiquei com a sensação que esta mulher está-se a borrifar para os projectos. Veio aqui com um séquito impressionante, olhava para tudo com muito nojo, não fez qualquer carícia a nenhuma das crianças e, agora em Espanha, há-de vender uma parnafenália imensa de fotos e reportagens às revistas cor-de-rosa, rodeada de crianças sujas e ranhosas que ela não tem nem ideia de como é que se chamam e que, provavelmente, dão-lhe nojo.

Perguntou-me, também, pelos meus estudos. Quando lhe disse a resposta dela foi “Ah, mas com isso podes encontrar trabalho em qualquer parte do mundo.” Como se o meu pai (tal como o pai dela) fosse um nobre, o Marquês de Faria em pessoa!!

A coisa não termina por aqui. Quando se foi embora ofereceu à Consol um saco da Panama Jack cheio de medicamentos. A maioria são paracetamol. Havia também umas vitaminas para a energia e para o ânimo. Contudo, ficámos seriamente intrigados quando descobrimos uns comprimidos inibidores de testosterona. E o mais esquisito é que faltavam uns quantos! O séquito dela estava constituido maioritáriamente por gays. Como poderão imaginar temos especulado bastante sobre este detalhe... (EHEHEHEHEH)

Soube por terceiros, que a pequena quando chegou a casa do embaixador de Espanha, esteve uma hora enfiada no W.C. Quando saíu exclamou alegremente “aaaaaaaaiiii que saudades que eu tinha de umas toalhas brancas”.


Resumindo, durante quatro dias, estiveram cerca de quinze pessoas na outra ponta do mundo. No total não terão gasto menos de 15.000€. Sabemos que deixaram cerca de 3.500€ para diferentes projectos. Enfim, tirem vocês as conclusões...

1 comentário:

Anónimo disse...

Esa imbécil no tiene dos dedos de frente, ¿entiendes? Coitadinha, é beta mesmo. Siento vergüenza ajena cuando la he visto hablar, y más cuando acabo de leer tu post. ¡Qué asco! Podíais haberla echado a las fieras