domingo, 7 de setembro de 2008

Top disto, Top daquilo....


Todos temos as nossas manias e peculiaridades que fazem de nós seres individuais.
Há dias reparei numa peculiaridade minha, que se repete há anos e me leva a crer que já se trata de um vício: sou capaz de ficar dias inteiros sentada no sofá a ver tops. Top dos 100 melhores rifs, top das 100 piores músicas, top das casas mais caras do mundo, top das melhores vozes de sempre. Lembro-me que em criança já era assim. Ao Domingo nunca queria sair de casa para poder ver o TOP+ (ainda apresentado pela Catarina Furtado muito jovem e por um gadelhudo da rádio).
O melhor deste vício é a oportunidade de rever clássicos sempre agradáveis e nostálgicos (Ugly Kid Joe, The Beatles, 2Unlimited) e de sonhar com casas que nunca serão minhas enquanto reponho o stock de Donuts no organismo. O pior é que tenho sempre de rever clássicos aborrecidos como Boyzone, Celine Dion e Nirvana (não há pachorra!).
Esta questão do vício dos tops levou-me a reflectir sobre outra questão mais profunda e sensível: a necessidade de termos ídolos.
Todos nós, nalguma altura da nossa vida, almejamos ser alguém que, estupidamente, consideramos ser melhor que nós. Essa figura até poderia ser Deus porém somos demasiado mundanos e pecadores para desejarmos ser como Ele. Voltamo-nos para Ele apenas nas horas de aflição porque nas horas de descontracção procuramos pessoas reais, que nos façam sonhar acordados.
Assim, deixo-vos aqui o meu top5 (ordenado aleatóriamente) de pessoas que considero imprescindíveis na minha lista de ídolos (se quiserem enviem-me os vossos tops para debatermos):
1- Combatentes em guerras, opositores de regimes ditatoriais e seus familiares: pelas horas de solidão. (Leiam os relatos dos clandestinos do PCP durante o Estado Novo);
2-Jesus Cristo e Ghandi: ao contrário de Deus, uma figura exclusivamente espiritual, eles foram humanos como nós e resistiram a todas as hostilidades (excepto à morte) com um sorriso de tolerância nos lábios;
3-Ao feminismo e à feminilidade: são tão importantes as mulheres que recusam as convenções sociais como as que as aceitam em prol da crença na Família como pilar-base de uma sociedade equilibrada. Infelizmente, algumas ainda são traídas pela sociedade-lobo com pele de cordeiro mas o Equilíbrio e a Igualdade hão-de chegar a todas;
4-Aos intelectuais que só falam, falam, falam e não produzem nada: a eles se deve a oposição à ordem social previamente estabelecida;
5-Às crianças: são elas o futuro. É para elas que devemos canalizar as nossas melhores inspirações. Um dia serão cidadãos activos e farão como viram fazer.
6- Decidi improvisar esta alínea no top porque não posso deixar de contemplar o Trifene200. Obrigada por todos os momentos de alívio. Vales mesmo a pena!

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