terça-feira, 12 de agosto de 2014

Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera

A vida tem o condão de nos surpreender. E muitas vezes as surpresas acontecem quando menos esperamos. Nem sempre somos premiados com uma surpresa agradável. Já aqui disse que a maioria dos voos que empreendemos ao longo da vida têm, infelizmente, uma aterragem dificil e penosa. E não há forma de maquilhar essa realidade. Contudo, podemos digeri-la com maior ou menor optimismo.

Assim, desembrulhado um presente que a vida me deu, chegou uma surpresa que ainda não sei se veio por bem ou por mal. Eu estou mais inclinada a engolir em seco a parte má, ficar só com a parte boa no albúm das recordações e enviá-la directamente para o arquivo dessas brisas boas que a vida tem e que chegam da mão da pessoa certa mas, tantas vezes (demasiadas), na hora errada.

E uma vez mais é preciso admitir que o AMOR não vive só de boas intenções e cabanas. O amor, as relações, as pessoas, precisamos de tempo para nos cuidarmos mutúamente numa relação a dois. Para abrir os braços quando o outro cai e tomar uma garrafa de Cabriz ao serão quando o outro está feliz.

Têm sido mais de trezentos e sessenta e seis dias de fortes cabeçadas e tropeções mas quero acreditar que a vida me vai dar uma trégua...afinal, por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.


1 comentário:

Carlota disse...

Sonia, não percebi exactamente do que se trata mas calculo que seja esse o objectivo. O importante é esse teu sentimento: andar para a frente e não pensar demasiado----a vida encarregar-se-á de nos dar o que é nosso!

Um grande beijinho!

CarlaMP