quinta-feira, 24 de março de 2011

Breve reflexao sobre o complexo de Edipo




Se há coisa nesta vida que me dá pavor são os homens que "cheiram a mãe". Refiro-me a homens que falam mais da mãe do que de mulheres jeitosas ou futebolistas ricos; que usam a mãe como exemplo e referência para tudo e que consultam a mãe para tudo e que, inclusive  telefonam à mãe para dizerem que já estão a chegar, que já estão na porta do prédio e que, aiaiai, já estão a por as chaves na porta... Não há pachorra...

Eu não sou mãe e, quizas, um dia quando for me reveja numa situação de Édipo Jocasta mas oxalá que não porque eu acho que a mãe é importante no imaginário do filho até aos 11/12 anos. Creio que a partir daí há que deixa-los ir à vidinha deles e manter uma presença de (muito)afecto mas discreta. E imputo a culpa às mães: por favor, deixem-nos viver a vida deles, apalpar miúdas  partir vidros, andar à porrada e, sobretudo, incentivem-nos a fazer amigos.

Não os mantenham debaixo das vossas saias. As únicas saias que devem interessar aos vossos filhos são as saías das filhas dos outros. Talvez vocês não se dêem conta mas ao serem tão galinhas estão a criar autênticos deficientes afectivos. Mais tarde, quando são adultos, são incapazes de manter um relacionamento estável com alguém porque 2 é bom, 3 são demais...
E o pior de tudo é que criam seres mentirosos e cínicos...

E tudo isto veio a propósito da minha mania de observar. Ora bem, há um rapazinho novo, educado e giro aqui no escritório e que, estranhamente, não tem namorada/o. Inicialmente achei muito, muito, muito estranho mas agora, quando o vejo pegar no auscultador para ligar à mae (e ouço as conversas) ou a referir a mãe em variadíssimos contextos de conversação  já faz sentido a solidão do muchacho com boa aparência...

Enfim...

2 comentários:

Adelina Garrido Charneca disse...

É uma lástima que a minha rica menina não escreva mais vezes,escreve tão certo!bjs

Liliana disse...

Gostei muito do texto. Porque infelizmente a nossa geração de homens está bem ilustrada no seu comentário. É triste, sem dúvida, e acima de tudo frustrante, quando somos deixadas para trás, por causa de uma mãezinha.