quinta-feira, 17 de março de 2011

Lembrei-me disto...

Há 3 horas por dia em que estou práticamente sózinha no escritório. E, se nos dias em que estou afogada em trabalho essas horas caem que nem ginjas porque posso estar concentrada fazer e refazer o meu trabalho sem que ninguém repare nos meus erros e crie imediatamente grandes conspiraçoes, filmes e dramas, há outros dias- esses dias em que tenho de disfarçar e fingir que estou super ocupada-vou saltitando de jornal em jornal, de foto em foto, de blog em blog. Pois bem, hoje li um texto que me fez rir muito e lembrar um episódio da minha adolescência que quero partilhar convosco. Ora aqui vai:



Era uma vez, há muitos, muitos anos, quando só os ricos tinham telemóvel e a internet parecia coisa de extra-terrestes, falo de 1998, estava no Mc´Donalds de Queluz, com os meus colegas do Liceu e com o meu namorado da altura, o Bruno. Estávamos a dar beijinhos e até eram beijinhos sem grande espalhafato, os chamados xôxos (nao sei como se chamam agora). Era pois uma situaçao normal, considerando que tínhamos 16 anos e estranho seria estarmos em casa a fazer crochet. Eis que uma velha dessas que usam muita laca, têm as mamas em forma cónica e blusas com padroes "esquisitos" começou a gritar a dizer que era inadmissível, que era uma pouca vergonha que 2 "crianças" estivessem aos beijos num restaurante, que era um atentado à moral etc...os funcionários e o gerente da loja vieram ver que escândalo era esse que se estava a gerar e, de uma forma politicamente correcta, disseram à Sr.Púdica Maria que ela estava a exagerar e que fizesse o favor de se acalmar um bocadinho. Claro, ela como viu que nao tinha angariado o apoio dos demais, ameaçou-nos a TODOS e informou-nos que o filho a ia buscar e que ai é que íamos ver quem tinha razao. Nós, do alto da nossa "cagança" de adolescentes começamos a vacilar e a imaginar que o filho seria um desses filhos muito maus e muito feios e cheios de força e que vingam a honra da família...e o gerente da loja, com receio que a caso ficasse feio para o lado dele, começou a mudar de opiniao e convidou-nos a comer mais depressa...Já estávamos quase no ir quando ela começa a falar em voz mais alta e a dizer em direçao à porta "Ai filhooooo tu sabes lá...." e nós, com o cú muito apertadinho, fomos lentamente virando a cara em direçao à porta à espera da setença final: uma grandessíssima sova para todos e allez-vouz...mas nao foi isso que aconteceu, quando se abriu a porta, entrou um meia-leca, quizás de 1,60 mais baixinho que qualquer um de nós, chinelos de plástico verdes, calçoes de ganga com dobras e camisa muito justinha que levantou as palmas das maos e disse com uma vozinha muito cutxi-cutxi "Oh mae entao? acalme-se lá...vá,váá, váá..." e, perante nós, desculpou-se pelos excessos da mae! Conclusao: risada geral.



E pronto, era esta recordaçao que eu queria partilhar convosco :) :)







o filho era mais ou menos assim mas um bocadinho menos atlético

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