segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Anos 60 bem medidos

















































Quanto se vive com 8 jovens de países diferentes que, por sua vez, conhecem outros jovens de países diferentes (que conhecem jovens de países diferente e por aí adiante), é impossível fugir ao ciclo das festas. Há sempre uma festa algures em Skopje. Se os bares estão fechados há sempre uma casa internacional pronta para acolher quem ainda não tem sono.
Depois das Ladies-Night vividas nos tempos da faculdade ,em Lisboa, confesso que não tenho energia para ficar acordada até de manhã, ver o sol nascer com um copo de Skopsko na mão, mas é sempre bom ir. Há sempre amigos para rever e novas pessoas para conhecer. Pelo meio, invariávelmente, há sempre alguém que surge do nada e pergunta “It´s true you come from Portugal?OOOHHH, it´s so great...”.
Bom, narcizismo à parte, estou aqui para vos contar que eu e os meus 8 camaradas decidimos que até ao final do nosso projecto vamos organizar uma grande festa todos os meses. Como a música é um grande mote para a felicidade e, uma vez que faltam apenas 4 meses, decidimos que a cada mês corresponderá uma década, sendo que a “viagem”decorrerá entre os anos 60 até meados da década de 90.
Assim, começàmos no passado fim-de-semana, com uma grande festa de homenagem ao Twist e ao Yeah-Yeah. Era suposto estarmos vestidos a rigor mas muitos falharam o compromisso.Não faz mal. Imaginemos que são visionários e sabem o que se irá usar em 2009,pronto!
“La Bamba”, “Yellow Submarine”, “Mercedes-Benz”, “Let´s twist again” abrilhantaram a nossa noite de glória. A casa estava cheia de pessoas que nunca vi na vida e, disseram-me depois, que estavam representadas mais de 8 nacionalidades.
No final da noite quando os joelhos, pela força do cansaço, já não podiam rodar no twist, a dj foi generosa e avançou, por 10 minutos, até aos 80´s. E, claro, não seria a minha festa se não tivesse Guns N´Roses. Os últimos sobreviventes deixaram a festa com um grande sorriso, abraçados a cantar, pertinentemente, “Where do you go now, Where do you go noooww, aiaiiiiaiaiiiiiii”.
Leitores quero sugerir-vos que se deem ao prazer de viver estas experiências. Todos trazem algo para beber e petiscar. Ouve-se boa música,dança-se um bocado. É uma noite diferente que faz com que todos renasçam e saiam da rotina. Sentimo-nos frescos, mesmo que a casa esteja de pernas para o ar.
Se no final da noite os remorsos pelo incómodo causado ao vizinhos vos começarem a roer nas consciências (se a tiverem) tentem ser ultra-simpáticos no dia seguinte e ofereçam-se para carregar as compras até ao elevador. Se, na festa, vos calhar um penetra que bebeu demais, que está cheio de autoconfiança, que acha que é o maior e que por isso nunca mais vai embora digam-lhe sinceramente que está a ser chato. Se já não restar energia para pegar na vassoura e limpar os “destroços” ponham a vossa música preferida a tocar.

Divirtam-se e contem-me como foi!

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