sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
bbbrrr. que medo
21 de Dezembro de 2008
Escrito no voo Sofia-»Munique
Não sei onde estou, não sei que horas são mas sei que estou borrada de medo.
O avião balança muito. Talvez porque estou no penúltimo lugar, junto à cauda.
À minha frente tenho uma foto deliciosa dos meus sobrinhos com a minha irmã e um livro que eles costumavam usar no banho. Tenho também uma fotografia com o Padre Cruz. Não sei bem quem foi mas o meu padrasto deu-me antes de partir para a MKD. Acho que ele também não é muito crente mas ás vezes é bom termos as nossas muletas espirituais. Quando a vida aperta conosco é bom chamar por alguém sobre o qual não sabemos muito. Sabemos apenas que nos vai confortar.
Esta noite não dormi muito bem.Estou esgotada. Quero descansar mas com este treme-treme do avião não consigo.
De verdade que sinto um certo fascínio pelo Leonardo da Vinci, sobretudo depois de ter visto pessoalmente algumas das suas obras mas ,por vezes,odeio-o por ter pensado nos aviões e odeio todos aqueles que sonharam e contribuiram para que o avião seja hoje um meio de transporte essencial.
Oxalá ninguém se tivesse lembrado desta maquineta. Em contrapartida o comboio, o meio de transporte mais charmoso e propício à socialização, teria sido desenvolvido e seria hoje o único rei entre os meios de transporte do planeta
(*o comandante do avião acabou de dizer que estamos a sobrevoar Budapeste)
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