Há
cerca de duas semanas, como estava aborrecida dos filmes de baixa qualidade e
dobrados em espanhol, fui a uma loja de electrónica em segunda mão e, na secção
de dvds, comprei três filmaços. No total paguei 9,90€.
Escolhi
“A árvore da vida”, com o Brad Pitt e o Sean Penn; “The Good Shepherd”, com o
De Niro, o Matt Damon e a Jolie; “My left foot” com o Daniel Day-Lewis. Todos
eles filmes premiados e que eu há muito deseja ver.
Como
gosto de andar ligeira de bagagem e, como dentro de pouco vou mudar de cidade, voltei
à mesma loja para negociar com eles a revenda dos DVDs. Foi tudo muito rápido,
com muita simpátia e agilidade. E como o último dado a ser mencionado é o preço
inegociável do negócio, enquanto aquilo tudo se processava de forma automática,
eu ia pensando com os meus botões “bom, pelo menos há-de dar para pagar o
almoço, uns cinco euritos, quase de certeza”.
Qual
não é o meu espanto quando a grande CABRA me diz “Se quiseres levar outros
produtos da loja pagamos-te 2,5€, se quiseres o dinheiro pagamos-te 1,20€”...eu
ainda pensei que fosse esse valor por cada um dor artigos, mas não...era mesmo
a totalidade. Eu ia receber 1,20€ pela revenda de três filmes premiados,
comprados duas semanas antes por 9,90€. Acabei por fechar o negócio por 1,70€
mas saí da loja com instintos violentos e arrependida de não ter doado os
filmes às mil e uma lojas de caridade que existem em Cork.
E muitas
vezes meus caros, este é o lado negro do conceito “segunda-mão pelo bem do meio-ambiente”. Óbviamente que fico
satisfeita por poder aceder a artigos de segunda-mão que estão em muito bom
estado e a preços acessíveis, mas nalguns casos ( talvez em mais casos do que
seria desejável) há um tubaraozão a comer os pequenos peixinhos bem
intencionados.
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