sábado, 14 de junho de 2014

Viva o Fernando Martins de Bulhões e os balões de São João

Quero dizer viva o Santo António, o santo padroeiro de Lisboa e, quase que arrisco a dizer, o português mais globalizado, embora a grande maioria dos que falam dele não saibam que ele é um português genuíno (seja lá o que for que isso significa). Nasceu em 1195  em Lisboa com a graça de Fernando Martins de Bulhões. Imagino que seria o típico beto do seu tempo porque teve acesso a uma educação de excelência e morreu em 1231 em Pádua, Itália, por isso é conhecido como Santo António de Lisboa ou Santo António de Pádua.
É igualmente conhecido por ser o santo casamenteiro por excelência, embora a minha colega da Venezuela me tenha dito recentemente que lá o Santo António é conhecido por trazer namorados que mal tratam as mulheres.

Bom, mas vamos ao cerne da questão que eu não vim para aqui falar de santos, que vocês sabem qual é a minha opinião sobre esses assuntos....O que eu quero é falar da alegria e folia do Santo António, em Lisboa.
Há anos que não tinha a oportunidade de desfrutar das festas da minha cidade e este ano estava claro que não podia faltar. Algumas semanas antes já as ruas estavam enfeitadas e prontas para receber os arraiais mas o que mais me surpreendeu foi a neblina de fumo e o maravilhoso cheiro a sardinhas assadas que cobria toda a cidade. Não me lembrava desse detalhe. 
Depois do trabalho juntei-me com uns colegas e fomos, depois de petiscar numa casa particular no coração de Alfama, para o bailarico no Largo da Graça. Por lá estivémos até quase às 5h da manhã. O clima, que tinha andado mal disposto, nessa noite estava ao rubro e a lua cheia enchia o céu. Impossível ficar em casa a dormir.
  
12/06/2014 no entardecer
No meu ponto de vista, o mais bonito destas festas lisboetas é o cariz tradicional inesperado por se tratar de uma capital. A verdade é que Lisboa nestes dias se transforma, ainda mais, numa aldeia pitoresca, mais pequena e tradicionalista que uma aldeia sem nome perdida no meio da serra. E é bom ver turistas misturados com os castiços dos bairros e as ruas cheias como em nenhum outro dia do ano.

 Há muitos, muitos anos eu também fiz parte das marchas populares. Fui a mascote das marchas de São Marcos e até hoje lembro as músicas e aquela confusão à volta das marchas, a ilusão com que os fatos e os arcos eram preparados.

Há muitos anos nas marchas de Santo António

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