segunda-feira, 16 de junho de 2014

Lo mejor es lo que viene

Eu estou melhor de tudo. Talvez seja do bom tempo que voltou em força. Há mais de 2 meses que durmo submersa no meu edredon mas com a janela aberta de par em par toda a noite. Deixo entrar o ar puro e fresco da Primavera enquanto durmo. Também o Sol me recompôs as energias. Não vou sentir saudades dos últimos meses. A minha cabeça e o meu coração deram tantas voltas que ainda me sinto tonta. É como se tivesse estado metida durante muito tempo na zona de rebentação das ondas. Tentava escapar à força dos acontecimentos mas não conseguia. Fui acumulando muitas coisas dentro de mim e um dia o meu fusível quase estoirou.Não posso dizer que tudo passou porque ainda me sinto no limbo mas sinto-me finalmente a caminhar nalguma direção e recuperei parte da minha criatividade. Já olho em frente. É mesmo verdade que tudo passa e tudo são créditos acumulados no amadurecimento. Agora que a nuvem negra já quer passar, olho para trás, e parece que é outra Sónia que viveu tantas coisas e que estava sempre a sonhar acordada com África. E Moçambique parece que já foi noutra vida.

Sinto-me outra vez na minha posição de lutadora pelos meus sonhos. Tenho vontade de perseguir com a determinação de sempre as coisas que eu acho que me completam ou para apostar em novos desafios.  Adoro Portugal. Lisboa é o sítio mais bonito do mundo. É uma cidade velha e suja mas é linda. No entanto, desde que voltei, que tenho vontade de ir embora. Tentei adaptar-me. Levei uma vida normal mas definitivamente este ainda não é o meu momento de “voltar a casa”. Por isso vou embora de Portugal.

Preciso de dinheiro para completar parte dos meus sonhos e em Portugal só vou empobrecer. Ou dou o salto agora ou vou passar outro Inverno sem fazer nada e a queixar-me das más condições de vida do país.  Quero voltar a estudar, fazer um Master ou uma especialização. Estou apaixonada por África.Preciso voltar lá, nem que seja de férias. Depois, até aos 30 a vida passa como se fossemos durar sempre mas agora, quando olho para o futuro, é estranho, mas já começo a pensar “como é que queres estar quando chegares ao 40?”. Ainda falta tanto tempo mas eu sei que quero fazer upgrades no meu bem estar.

Estou-me a recompôr e a voltar à luta. Sei que o caminho se faz para a frente e não penso voltar a parar tão depressa.


Azulejo na Rua da Vitória, Chiado

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