Perdoem-me os anti-nostálgicos mas nestes dias de Outono há outro cheiro que se veio juntar ao meu amado cheiro das castanhas assadas. Cheira-me a Macedónia. Cheira-me ao caminhar sózinha pelas ruas.Tentar descobrir com cada sentido. Encontrar semelhanças e sentir-me confortável nelas para logo depois as repudiar. Sentir-me forte e sentir-me frágil. Sentir-me, mais do que tudo, dona da minha vida.
Hà encantos que só um primeiro amor nos pode oferecer. Embora, de todo, não tenhamos sido feitas uma para a outra, a Macedónia tatuou-me a alma e a vida. E aqui estou eu, numa tarde triste a recordá-la com saudade. Porque sou triste e porque sou saudosa. Essa é a minha maneira de sentir.É a herança portuguesa. Tudo o resto já não é um exclusivo luso. A mais dura lição que a vida no pequeno país balcã me deu foi mostrar-me que já não pertenço a Portugal. Que estou perdida por aí, pelo mundo, e por aí me sinto bem e viva!
Deixem-me estar. Deixem-me ser assim. Não me invejem nem me rezem o fracasso.
Este é o meu jeito.
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