sábado, 16 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Oh my God!
28 anos depois o mundo descobre que afinal a Sweet Child O´mine é plágio desta música:
(tragam-me um saco de boxe plis)
(tragam-me um saco de boxe plis)
domingo, 10 de maio de 2015
Trinity College, Dublin
Ainda vivia em Kildare e tomava conta do gémeos quando fiz
turismo pela primeira vez em Dublin. A minha referência urbana na Irlanda era
Cork, a segunda maior cidade. Assim, quando comecei a caminhar por Dublin e a entrar
na zona da Dame Street tive um dejà-vous e senti que estava em Londres. Tanto
buliço, monumentos, carros, autocarros de dois andares, gente gira e elegante
no vestir. Aquela era a cidade onde eu queria estar (hoje em dia vejo Dublin de
maneira diferente mas isso fica para outro capítulo).
Trazia nas minhas referências uma visita imperdível ao
Trinity Colleage e ao “Book of Kells”. Fui perguntando indicações nas ruas e os
irlandeses, sempre tão simpáticos (são mesmo o melhor da Irlanda) ajudaram-me a
chegar lá num instante.
O Trinity College, no College Green, é a mais antiga Faculdade
do país e foi construído no século XVI. É muito bonito e acolhedor. Apesar de
estar no coração de Dublin sente-se uma tranquilidade muito grande lá dentro. É
constituídio por uma série de monumentos e no meio há uma praça que tem um
campanário. Diz a lenda que os estudantes que esperam os resultados dos exames
não devem passar por de baixo do arco desse campanário sob pena de receberem
maus resultados. Como não sou estudante passei e descobri que as duas árvores
que estão do outro lado são os dois
maiores Acer plantados na Europa. Talvez seja exagero porque os irlandeses –à
semelhança dos portugueses- vendem tudo como se fosse o mais dos mais, aliás
foram eles que inventaram os records Guiness (outro dia conto esta história).
Campanário e eu Set.14 |
Bom mas o Trinity é mesmo bonito e foi lá que estudaram
alguns dos vultos mais importantes da literatura universal (não sei se sabem
mas Dublin é Cidade Património Mundial da Literatura, galardão atribuídio pela
Unesco em 2010). Oscar Wilde foi talvez um dos melhores alunos de sempre. Com tão
somente 18 anos, em 1872, ganhou a maior bolsa de prestígio da instituição, o
Foundation Scholarship.
Actualmente a “jóia
da coroa” na visita ao Trinity é a biblioteca e o famoso “Book of Kells”. Trata-se
de uma obra escrita por monges celtas por
volta de 800 d.c que compila os quatro evangelhos do cristianismo. A importância
do livro deve-se ao facto de ser um dos poucos exemplares da cultura celta
antes dos ataques vikings. A fila para
entrar é enorme e o bilhete para visitar a biblioteca e o livro custa 10Euros. Na
minha opinião é um preço bastante abusivo e só aconselho aqueles que estiverem
realmente interessados e informados sobre o livro porque a visita não dura mais
de 10 minutos. O livro está exposto numa vitrina e há um aglomerado de gente ao
redor. O interessante é que cada dia mudam a página. No dia em que eu visitei estava
aberto nas páginas 72 e 73.
Depois segue-se a visita à sumptuosa bilbioteca Old Library.
É realmente muito bonita e há uma série de curiosidades sobre ela que vos vou
contar em seguida. Primeiro deixem-me descrever o sentimento de entrar num
templo de livros do século XVI com mais de 6.000.000 de volumes ,o mais famoso
o “Book of Kells”. A sensação é esmagadora e só conseguia exclamar para os meus
botões “Uauuuuuuuuuuuh”. Comparada
com outras bibliotecas esta é muito, muito pequenina mas tem uma alma especial.
Ao longo das galerias há uma série de esculturas de grandes humanistas da História
Mundial e está exposta uma das três harpas mais antigas da Irlanda datada do século
XV.
Detalhe da Old Library |
Harpa do Séc. XV |
Contudo o peso da História não é o capítulo mais conhecido
desta preciosadade e que a torna tão conhecida nos dias de hoje. Consta que George
Lucas, o criador de Star Wars, roubou literalmente imagens da Old Library para construir
o Templo dos Jedis no filme de 2002 “Star
Wars II: Ataque dos Clones”. O Trinity College esteve a ponto de o processar
por usar sem autorização imagens do edífico mas finalmente desistiram. Diz a
lenda urbana que Lucas se deslocou em várias ocasiões à Old Library e misturado
entre os turistas foi tirando fotos ao interior da biblioteca até ter um número
suficiente que lhe permitisse montar o cenário pretendido para o filme. Ele
negou sempre rotundamente mas...vejam estas imagens:
Star Wars à esquerda, Old Library à direita |
Visitem o Trinity. Vale realmente a pena sobretudo se o
clima estiver para ai virado. Para não sentirem que o vosso dinheiro é um
desperdício (diria até um fiasco) no que concerne à visita ao “Book of Kells”
sugiro que comprem logo na entrada principal um bilhete que inclui todo o Trinity, o livro e a Old Library. A
visita é guiada por estudantes e custa 12EUR. Divirtam-se!
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Belfast, Irlanda do Norte (UK)
![]() |
Fonte: titanicbelfast.com |
Sei que o estaminé anda um bocado abandonado. Desde que vim
viver para Dublin deixei de falar das minhas experiências culturais. Na verdade
não é por falta de vontade mas não vos tenho contado nada porque me tenho
deparado com algumas condicionantes que me impedem de o fazer: não sei se ainda
consigo escrever bem e bonito em português e aqui está sempre a chover, é tudo
muito caro e eu não sei para onde fugiu a minha curiosidade natural.Mudasti? Sim...
Como já tenho muitas saudades desde dedelhar apaixonante do
barulho das teclas do computador quando tenho algo dentro do coração que quero
partilhar com o mundo mais além do meu ecrã vou tentar reunir nas próximas
semanas as poucas descobertas culturais e humanas que tenho feito.
Começo pela Irlanda do Norte. Convido-vos a que vejam no
mapa a divisão geográfica da Irlanda do Norte e da Républica da Irlanda. A
primeira pertence ao Reino Unido, ou seja, é uma monarquia, a autoridade máxima
é a Rainha de Inglaterra e, entre outras coisas, usam libras. A segunda, a
minha, é independente há quase um século, usa euros (troika etc...), é uma República
e a igreja católica ainda é a religião maioritária. A primeira teve a IRA e o
famoso domingo sangrento que inspirou a musica “Sunday Bloody Sunday” dos U2. A
segunda teve (tem) os U2.
A fronteira está a menos de uma hora de Dublin. Como o mundo
é muito pequeno, tão pequeno como uma ervilha descobri que a minha amiga da
escola secundária e de tantos projectos de voluntariado, a Edna Monteiro, vive
do outro lado da fronteira, já dentro do UK numa pequena vila chamada Portadown
cheia de portugueses, lojas portuguesas e até discotecas com ritmos lusófonos.
Fui vê-la duas vezes e encontrei uma mulher com uma família linda, ruidosa e
muito caboverdiana. São, agora, o meu cantinho Palop neste deserto verde e húmido
chamado Irlanda (seja do Norte, seja Républica).
Na semana passada as duas viajámos até Belfast, a capital da
Irlanda do Norte. Plano: ficar hospedadas na casa da Nena e da Neuza, duas “primas”
da costa alentejana e à noite ir a uma “escaldante” festa africana. De escaldante nada porque o potencial de
bailarinos era under 18. Fica para a memória o delicioso Lazy Sunday passado no
sofá da sala, a nossa private pijama party.
Juro que tentámos visitar a cidade mas o tempo estava tão
feio, tão pouco convidativo ao passeio que o monumento que requereu maior atenção
da nossa parte foi a Primark da Royal Avenue instalada no histórico edificio “The
Bank Buildings”. Fomos até à bilheteira do Titanic Experience. A entrada custa 15 Libras e acredito que
valha muito a pena. Para os mais distraídos o Titanic foi construído em Belfast
e a viagem inaugural (e única) partiu de lá. A história da cidade respira
Titanic e brinda tributo a esses tempos aúreos em que era um dos maiores estaleiros
do mundo.
Digno de visita é também o Castelo de Belfast e a Câmara
Municipal da cidade, o Belfast City Hall. A cerca de uma hora, no extremo norte
da ilha está a “Calçada de Gigantes” a maior atração turística das duas
Irlandas. Trata-se de uma quantidade imensa de rochas vulcânica esculpidas pela
natureza que parecem uma calçada à escala de gigantes.
Belfast é actualmente muito conhecida também pela série “Game
of Thrones” gravada em parte lá e com alguns actores irlandeses. Há tours
direccionadas só para a série.
Realmente o tempo não ajudou mas combinámos tentar outra
visita cultural à cidade a meados do Verão. Eu fiquei com vontade de conhecer e
desfrutar mais o ambiente da cidade. De qualquer forma não me pareceu uma
cidade demasiado vibrante e apelativa. Veremos se mudo de ideias no próximo Verão...
![]() |
Eu e a chuva no Titanic Experience |
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