Há países onde, por mais que se criem leis de Igualdade, as mulheres não serão, por enquanto, a maioria nos cargos superiores. É uma questão cultural que nenhum legislador pode mudar ainda que tenha muito (pouca) boa vontade.
As estatísticas dizem que as mulheres são cerca de 80% da mão-de-obra administrativa nos sectores público e privado. Os restantes 20% sãos cargos de chefia ocupados, claro, por homens .
Se visitarem a Mango da Avenida da Liberdade ou a Zara da Rua Augusta vão perceber que os gerentes são homens. Não vos parece estranho considerando que são lojas visitadas maioritáriamente por mulheres?Aplica-se então a velha máxima “por detrás de um grande homem, está sempre uma grande mulher”
Portugal está, na minha opinião, entre esses países onde o "macho alfa" figura sempre em primeiro plano mesmo que todo o backoffice e toda a "maquilhagem" tenham sido feitos por uma extraordinária mulher.Não há solução porém tão pouco nos devemos acomodar!
Tem o seu encanto os homens de pulso firme chorarem como bebés na intimidade as amarguras da vida enquanto lhes damos colo. Eu encontro aqui um je ne sais quois de vingança feminina, uma espécie de regozijo secreto!(ora vejam o Volver, de Almodóvar, ou o Nove, de Rob Marshall)
Parece-me,porém, que aos homens falta um pouco mais de auto-determinação e confiança.
Quando conseguirem tornar-se mais autónomos e quebrarem o elo que mantém “secretamente” com as mulheres penso que vão, finalmente, entender que estamos profissionalmente ao mesmo nível
Seguramente, aí, já não será necessário o auxílio hipócrita do Parlamento. Será por fim um processo natural. Tão natural como a sua sede!
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