sábado, 26 de fevereiro de 2011

O melhor de España

O testamento da Srª. Napomocena Garrido Faria

Contra factos não há argumentos:o meu dinheiro e a minha imaginação apenas me permitem comprar roupa nas lojas do costume contudo, muitas vezes abstraiu-me de adquirir novas peças porque me chateia ir vestida como a toda a gente. Não gosto que olhem para mim e digam "esta rapariga é Zara" ou, ao longo de um dia de caminhada pelas ruas da cidade, ver 200 blusas azuis iguais à minha. Assim,acabo sempre por vestir a mesma coisa porque tudo ao meu redor está demasiado estereotipado para o meu gosto e as lojas com o meu gosto são demasiadas caras ou demasiado alternativas. No entanto, quando o rei faz anos e as calças já tem as costuras demasiado gastas, abro excepções. Gosto sobretudo de comprar acessórios. Muitos dos que tenho não farão a diferenças porque são, precisamente, dessas lojas onde toda a gente vai porém há peças que são intemporais. Por exemplo, hoje vi um lenço com flores na HM, 9.90€. O meu pensamento imediato foi "não, toda a gente tem um" mas depois comecei a pensar que este lenço com flores pode ser vulgar mas ao mesmo tempo intemporal. Em todas as épocas se usaram lenços com flores e é quase mágica a reação das pessoas quando me perguntam onde comprei algum dos lenços que costumo usar e lhes digo que herdei da minha mãe, irmã ou avó...Portanto, eu hoje comprei um lenço standard na HM, que é apenas um lenço mas que para os meus herdeiros será uma relíquia e que, seguramente, os fará viver momentos de glamour.

Filhas e netas, se me estiverem a ler é porque a internet ainda não é um meio de comunicação demasiado obsoleto. Julgo, pois, importante deixar claro que os meus lenços são a minha herança. Não há mais que isto! Espero que saibam apreciar a vossa mãe/avó visionária :)

Beijinhos

Te quiero

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Welcome cheirinho a Primavera


Fonte:Google.es

Está um frio de rachar mas este "quase cheirinho a Primavera" tem qualquer coisa que mais coisa nenhuma tem...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A tua voz de xanax



Hoje conto-vos 1 história de desencantar: ERA UMA VEZ há mais ou menos 35 anos. Ele não era feio e ela era linda, cheia de olhos grandes. Uma princesa! Casaram e, suponho, que terão sido esporadicamente felizes. Ele tratou-a mal, sempre. Bateu-lhe, humilhou-a, fê-la crer que era desprezível. Aos 50 anos ela decidiu que a vida era demasiado aproveitável para ser compartida com um sapo demagogo.

É a história de uma mulher heroína que teve o ímpeto de dizer basta ao carrasco com quem afogou os seus sonhos, ilusões e esperanças de que a vida é bela!
Infelizmente é uma história comum. Não me deveria surpreender porém a história desta princesa maltratada resulta-me muito mais heróica e pessoal porque é a história da minha tia.

O que me chateia nestas histórias de violência doméstica é que não são as típicas histórias com um final feliz. Nos casos de violência doméstica o anti-herói é sempre vencedor sempre, sempre, sempre e sem excepções. Ora, vejamos o caso desta princesa: desde que ela pediu o divórcio perdeu práticamente todo o património que tinha adquirido, em conjunto, durante os anos de casada. Por lutar pela casa com 3 assoalhadas, ele voltou várias vezes e sempre para a espancar. Não satisfeito e, conhecendo, a fobia a reptéis, generosamente, decorou-lhe a casa com cobras vivas -dessas castanhas e nojentas que vivem no campo- que quase a mataram de coração. Agora quando vai a tribunal responder pelos crimes que cometeu, comporta-se como um anjo.É um cobarde! E ela, mesmo sendo uma heroína, sentir-se-à sempre como uma perdedora. E conta-me, com voz arrastada e triste, que está bem e optimista e que só está a tomar uns calmantezinhos...

--FIM--

Pode ser diferente. Como cidadãos podemos tentar mudar estas historias de desencantar, sem pés, nem cabeça.